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Alego lança e-book sobre o legado feminino no Parlamento goiano

25 de Novembro de 2020 às 19:59
Crédito: Maykon Cardoso
Alego lança e-book sobre o legado feminino no Parlamento goiano
Live do lançamento do e-book "Mulheres no Legislativo"
O lançamento do volume I do e-book "Mulheres no Legislativo: o legado feminino no Parlamento goiano" ocorreu na tarde desta quarta-feira, 25, durante live no perfil da Assembleia Legislativa de Goiás no Instagram. A live foi conduzida pela jornalista da Casa, Luciana Lima, e teve participação da deputada Delegada Adriana Accorsi e das ex-deputadas Dária Alves e Gracilene Batista. A publicação tem entrevistas com 12 deputadas que atuaram na Casa.

A live foi conduzida pela jornalista Luciana Lima, servidora da Casa e uma das coordenadoras da publicação. O e-book "Mulheres no Legislativo: o legado feminino no Parlamento goiano" retrata a participação feminina em diferentes momentos históricos da política goiana. Essa primeira edição contém entrevistas com 12 deputadas que já atuaram na Casa e pode ser acessada por meio deste link.

Deputada e ex-deputadas prestigiaram o lançamento

No encontro virtual do lançamento do material, a jornalista conversou com mulheres que atuam ou já atuaram na Casa de Leis. Uma delas foi a ex-deputada, Dária Alves. A empresária e professora ocupou uma cadeira na Alego na 13ª Legislatura junto com mais quatro mulheres, as ex-deputadas Nelci Spadoni, Onaide Santillo, Mara Naves e Denise Carvalho.

Dária destacou que as deputadas da 13ª Legislatura se uniram e trabalharam juntas independente dos partidos e coligações que ocupavam. “Nós éramos muito companheiras e conseguimos grandes avanços em prol da defesa dos direitos das mulheres. Tenho orgulho de dizer que fiz parte dessa história e fui a primeira deputada trindadense eleita em Goiás”, lembrou. Questionada por Luciana sobre a participação das mulheres na política, Dária comentou que para mudar essa realidade é necessário aumentar a participação feminina nos espaços públicos. “Eu acredito que o percentual de vagas a serem reservadas para mulheres deveria ser calculado sobre o total de candidaturas que um partido ou coligação pode lançar por circunscrição eleitoral ou no mínimo 10% das vagas serem ocupadas pelas mulheres”, finalizou.

Quem também marcou presença no lançamento do e-book foi a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT). Junto com a deputada Lêda Borges (PSDB), a parlamentar compõe a atual Legislatura. Adriana parabenizou a Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa pela iniciativa de realizar um projeto que retrata a participação feminina em diferentes momentos históricos da política goiana. “Esse é um momento histórico para todas as mulheres e nós estamos aqui por causa de lutas e de grandes guerreiras que vieram antes de nós. A nossa presença nos espaços de poder e decisão sempre foi um desafio e nós lutamos muito para conseguir chegar onde estamos. Percebo que hoje vivemos um momento complicado, o machismo encontra força nas falas e comportamentos de autoridades que estão no poder e isso tem atingido todas nós”, destacou. Accorsi também enfatizou que a participação das mulheres na política e a presença nos espaços de poder e decisão precisa aumentar. “Além disso temos que trabalhar para criar políticas públicas que de fato protejam as mulheres e meninas. Como deputada luto constantemente pela punição rigorosa dos casos de violência e mais do que isso, elaboro e defendo leis voltadas à prevenção da violência e também para liberdade financeira das mulheres, que muitas vezes não conseguem se libertar dos agressores porque dependem financeiramente deles para sobreviver e cuidar dos filhos”, concluiu.

Na live, Luciana Lima ainda conversou com a ex-deputada Gracilene Batista, que foi suplente pelo PTB e assumiu o mandato de janeiro de 2013 a janeiro de 2014, sendo até o momento a única mulher negra a integrar o Parlamento goiano. Graciele pontuou que é necessário que mais mulheres entendam que são qualificadas e podem alcançar espaços na política e em qualquer outro lugar. “ A realidade é difícil, quando eu descobri que tinha sido a única mulher negra a ocupar uma cadeira na Casa de Leis eu até fiquei surpresa. Para se ter uma ideia 56% da população brasileira é composta por pessoas que se declaram negras e ainda assim nas eleições municipais 2020 tivemos a participação de apenas 32% dos candidatos que se declararam negros. Em relação ao pleito anterior o número foi maior, mas é preciso mais”, enfatizou.  Coerente com a sua trajetória de vida, Graciele segue atuando como advogada e trabalha em favor dos direitos humanos e das causas sociais.

Após mais de uma hora de live e bate-papo que contou com a participação de seguidores das redes sociais da Alego, a jornalista Luciana Lima encerrou o evento com a poesia Ofertas de Aninha aos Moços, de Cora Coralina, que também está na abertura do e-book “Mulheres no Legislativo: o legado feminino no Parlamento goiano”.

Mulheres no Legislativo

O e-book é resultado do projeto “Mulheres no Legislativo” que foi criado em março de 2019 por uma iniciativa da Agência Assembleia de Notícias. Até hoje, 30 mulheres se tornaram deputadas estaduais em Goiás e nos próximos volumes da publicação vão contemplar as entrevistas com as outras 18 deputadas estaduais que atuaram na Alego.

Agência Assembleia de Notícias
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