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Aberta na Assembleia a exposição "Elementos", do artista plástico Paulo Gil, que mistura arte e sustentabilidade

12 de Abril de 2023 às 09:00
Crédito: Sérgio Rocha
Aberta na Assembleia a exposição "Elementos", do artista plástico Paulo Gil, que mistura arte e sustentabilidade
Abertura da exposição do artista Paulo Gil

A mostra do artista goianiense integra a agenda cultural implementada pela atual gestão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Essa é a segunda exposição de Paulo Gil, que começou a esculpir suas obras há 15 anos, mas, somente no final de 2022, decidiu lançar-se no mercado artístico profissional.

A arte de Gil é feita somente a partir de materiais recicláveis, que ele mesmo recolhe e transforma em arte. Para a exposição na Alego, Gil trouxe 47 peças, entre quadros e peças funcionais, como abajures e luminárias, que podem ser vistas e adquiridas pelos interessados.

A abertura da exposição aconteceu nesta terça-feira e contou com um show musical de Gil Araújo e Padre Bonfim. Os deputados Mauro Rubem (PT) e Vivian Naves (Progressistas) também prestigiaram o evento.

Segundo Vivian Naves, ela avistou as peças expostas, quando passava pelo segundo andar do prédio mesmo de longe, encantou-se com a beleza. Desceu para ver de perto a mostra e a admiração aumentou. “Importante a Alego trazer artistas, exposições para esse espaço e prestigiar os artistas goianos. Meus parabéns, Paulo, belíssimas obras”, avaliou.

Mauro Rubem lembrou da importância da arte para às pessoas. Segundo ele, o consumo de cultura melhora o espírito, que é a parte essencial do ser humano.

Ainda de acordo com o deputado, por determinação do presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), a Assembleia Legislativa vai continuar abrindo as portas para a arte e a cultura. “Essa Casa estará cada vez mais aberta a todas as expressões culturais, de todas as linguagens, de todas as formas. E ainda queremos levar às bases de deputados e deputadas, porque esse é um projeto de fazer da cultura, de fato, um direito, um acesso que a população precisa”, afirmou.

A chefe da seção de Atividades Culturais da Assembleia Legislativa, professora Ana Rita, agradeceu ao artista pela resposta ao convite para expor o trabalho na Alego. E disse que é uma honra para a Casa ter uma exposição que, além da beleza, ainda aborda o tema da sustentabilidade.

Paulo Gil retribuiu o agradecimento e falou da excelência do ambiente, tanto pela grandeza do espaço físico, quanto pela oportunidade de ter a arte vista por tantas pessoas, da capital e do interior, que visitam a sede do Legislativo.

Para ele, o espaço da Assembleia Legislativa propicia o encontro entre o dono da Casa e a obra do artista. “Aqui é um espaço do povo, do qual o povo não deveria se afastar. Essa exposição coloca o povo mais perto da arte. Quem vem à Casa, vem por algum motivo, acaba se encontrando com a arte”.

A exposição fica no hall de entrada da Assembleia Legislativa até o próximo dia 25. A visitação é aberta ao público, entre 8h e 18h.

O artista

Paulo Gil é funcionário público da Câmara Municipal de Goiânia e descobriu seu talento há cerca de 15 anos, quando esculpiu a primeira peça. A partir daí ele começou a desenvolver outras obras, mas sempre trabalhando em um atelier improvisado em casa.

Foi somente no ano passado, quando ele percebeu que já havia peças suas espalhadas por diversos estados brasileiros, que se sentiu pronto para trabalhar de forma profissional.

Alugou um espaço exclusivo para criação e planejou a primeira exposição, que aconteceu no Centro Cultural Casa de Vidro Antônio Poteiro, no mês de dezembro. “O resultado foi surpreendente. Vendi 12 peças durante a exposição e tive muitas encomendas, além dos contatos que fiz. Foi maravilhoso”, relembra o artista.

Paulo Gil entrou 2023 trabalhando para atender os clientes que fizeram encomendas. Quando recebeu o convite do presidente Bruno Peixoto para realizar a mostra na Alego, teve que trabalhar dobrado para conseguir ter um acervo suficiente para a exposição.

Uma característica da obra de Paulo Gil é a sustentabilidade, já que todas as suas peças são feitas com material descartado, que ele recolhe nas ruas e em outros lugares em que passa. Ele leva para o atelier e faz a transformação: o que era lixo vira obra de arte.

Outra marca do artista é trabalhar somente quando sente desejo de fazer uma peça. Mesmo com  as encomendas, ele deixa claro para o cliente que não há prazo determinado para a entrega. Muitas vezes Gil começa a moldar uma obra, mas sente que não está apto para aquele trabalho, ele então para, guarda a peça e só volta a ela quando tem vontade.

Além disso, Paulo Gil não desenha suas obras. Tudo é feito de acordo com a inspiração e com as sensações de cada momento. “Eu converso com todas as minhas peças e elas me retribuem com a beleza. Muitas peças eu sonhei com elas, eu sonho e depois eu executo. Meu trabalho é assim”, explica.

Agência Assembleia de Notícias
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