Psicólogo ressalta a necessidade de aplicar políticas públicas na prevenção do suicídio
Presidente do Conselho Regional de Psicologia 9ª Região (CRP09), Wadson Arantes Gama é um dos participantes da audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Alego com o tema “Setembro Amarelo”. Ao proferir sua explanação, ele apontou a necessidade de aplicar efetivamente as políticas públicas de combate ao suicídio.
Wadson ressaltou que existem leis orgânicas que regulamentam e definem a saúde como direito básico e os princípios para o estabelecimento de políticas públicas de incentivo e garantia a esse direito. Ele falou de sua preocupação com discursos retrógrados em relação ao tema, como aqueles que propõem a volta de manicômios.
“Pessoas que têm sofrimento mental não são loucas e não podemos tirá-las da sociedade. Estamos observando a tentativa de retorno das instituições manicomiais. Estamos no 'setembro amarelo', onde falamos de sofrimento mental. Por que as pessoas estão sofrendo? Porque o aumento do autoextermínio? As pessoas tiram sua vida por um limiar de frustração muito baixo, por isso temos que efetivar as políticas públicas relacionadas ao tema”, argumentou Wadson.
O líder classista apresentou dados que explicitam a urgência de debater o tema em locais como o Parlamento e necessidade de ampla participação popular na promoção da saúde mental. Ele apontou, como exemplo, que o Brasil é o país com maior índice de crises de ansiedade e altos índices de depressão e suicídio. Por isso, reafirmou o compromisso do Conselho de Psicologia na construção de uma sociedade participativa e mais cidadã, garantindo a saúde mental de todos, sem estigmas ou discriminação.