A instalação do Grupo Reflexivo de Mulheres da Alego foi uma iniciativa da Procuradoria da Mulher e teve local no auditório 1 da Casa, contando com a presença da deputada Rosângela (Agir) e Dra. Cristina, representando a Procuradoria da Mulher da Casa. Além delas, participaram da mesa dos trabalhos Tatiana Bronzato, do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Goiás, a coordenadora da Ouvidoria da Mulher da Câmara Municipal de Goiânia, Maria Clara Duck, a vereadora por Goiânia, Aava Santigo (PSDB), a representante do batalhão Maria da Penha da Polícia Militar do Estado de Goiás, Major Raquel, a superintende da Mulher em Goiás, Mariana Gidrão, e a assessora-adjunta de Atividades Culturais da Alego, Ana Rita.

O grupo reflexivo tem por objetivo realizar oficinas temáticas, geralmente ministradas por profissionais da psicologia ou assistentes sociais, e leva os participantes a refletir sobre determinado tema, neste caso o enfrentamento à violência doméstica. Ao fazer uso da palavra no encontro, Tatiana Bronzato ressaltou que um dos principais gargalos no enfrentamento da violência são os pedidos de revogação de medidas protetivas. Segundo ela, é fundamental que as mulheres vítimas de violência tenham percepção da violência sofrida, de modo a não se arrepender de realizar uma denúncia ou ainda de não ceder à pressão por parte do abusador ou de familiares.

Tatiana ressaltou que "isso é típico do ciclo de violência. O camarada fala que vai mudar, que vai para a igreja, enfim, ela é fisgada por um dispositivo amoroso. É difícil se encontrar no ciclo da violência e, no meio daquela violência, o cara diz que a ama e ela começa a se enxergar como paranoica, exagerada. Então grupos reflexivos são muito importantes, pois conversar e se perceber na mesma situação é encontrar um ponto de realidade, o que promove um resgate de si próprio e interrompe esse ciclo”, declarou.