Amauri Ribeiro volta a criticar livro adotado pela rede estadual de ensino
O deputado Amauri Ribeiro (UB) voltou a comentar sobre o caso do livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, em discursos durante a sessão desta quarta-feira, 10. O parlamentar afirmou que retirar a obra das salas de aula não é censura e defendeu a necessidade de “manter conteúdo pornográfico fora das escolas”.
Em março passado, após denúncias de que o livro seria inadequado para menores de 18 anos, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) recolheu os exemplares das unidades de ensino estaduais para avaliar se o material estaria de acordo com a proposta pedagógica do currículo goiano.
Na semana passada, após a avaliação, a Seduc informou em nota que “o livro foi destinado para as escolas que atendem estudantes de ensino médio e para os Centros de Educação de Jovens e Adultos, passando a compor o acervo das bibliotecas das unidades escolares que atendem a estes públicos”.
Ribeiro argumentou que “O Avesso da Pele” tem conteúdo pornográfico e, por isso, não deveria ser disponibilizado pelas escolas. O deputado também criticou o que chamou de “ataque à Polícia Militar” no enredo da história.
Na visão de Ribeiro, tem havido omissão dos pais quanto ao tipo de conteúdo ensinado em sala de aula. Ao citar exemplos de situações que considerou inadequadas, alegou que “é preciso atuar para que a ideologia de gênero” não ocupe o lugar de disciplinas como língua portuguesa e matemática. Por isso, cobrou a instituição de um “código de ética para professores em sala de aula”.
Durante a apresentação de matérias da sessão desta quarta-feira, o legislador apresentou um projeto de lei que propõe instituir a Política Estadual da Infância sem Pornografia, voltada, disse, sobretudo às escolas públicas.
“Enquanto eu for vivo, não me conformarei que meus filhos tenham acesso a esse tipo de coisa dentro de uma escola”, afirmou Amauri Ribeiro ao lembrar seu papel como “defensor da família”.