A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) foi palco, na noite dessa quinta-feira, 2, para cerimônia de entrega do Título de Doutor Honoris Causa a mais de 60 líderes de movimentos religiosos e sociais. A honraria foi concedida pela Ordem de Capelães do Brasil e pela Faculdade Febraica e tem por objetivo o reconhecimento aos agraciados por seus trabalhos prestados à sociedade e ao desenvolvimento do Estado. A solenidade foi organizada pelo Instituto Cultural Movimento Agô. 

A homenagem aos sacerdotes de diversas denominações religiosas de orientação afro–indígena levou em conta não apenas o trabalho espiritual desenvolvido pelas instituições, mas também a atuação social, como explicou uma das diretoras do Movimento Agô, Gabriella Lasprilla. “Essas instituições sempre acolhem pessoas de rua, em situação de vulnerabilidade social, mulheres vítimas de violência, oferecendo ajuda material, encaminhamento, orientação. E é esse trabalho que está sendo reconhecido.”

O Movimento Agô é um instituto cultural que se dedica ao combate à intolerância, ao preconceito, ao racismo religioso e à violência contra a mulher. A gestora cultural da Alego, professora Ana Rita, foi convidada para integrar a mesa de trabalhos.

Ana Rita explicou que a Alego apenas cedeu o espaço de um dos auditórios do Palácio Maguito Vilela, para a realização da solenidade, mas ainda assim considera que foi um momento simbólico na Casa. “É um evento que reafirma o respeito que o Poder Legislativo goiano tem por todas as formas de manifestação religiosa. Também é uma forma de contribuir com o fim do preconceito e da intolerância contra as religiões.”

A gestora cultural destacou que a atividade reforça o movimento de ocupação da Casa do Povo pela comunidade em geral, e que a a ideia é abrir as portas do prédio que abriga o Legislativo para que mais e mais pessoas conheçam e se apropriem do espaço. “Muitas dessas pessoas estão entrando aqui pela primeira vez, nunca tiveram oportunidade de estarem aqui. Esse tipo de evento traz o povo para um espaço que é dele.”