Parlamento goiano abre mostra em celebração aos 50 anos de carreira do artista plástico Ivanor Florêncio
Em mais uma atividade cultural, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) abriu nessa terça-feira, 7, a exposição “Meio Século de Arte”, com retrospectiva dos 51 anos de carreira de Ivanor Florêncio. A mostra, com 40 telas pintadas pelo artista, fica na Casa de Leis até o próximo dia 17. A exposição veio para o Palácio Maguito Vilela a convite do presidente Bruno Peixoto (UB), amigo de longa data de Florêncio.
Na solenidade de abertura da exposição, no hall de entrada do prédio-sede do Legislativo goiano, no Park Lozandes, em Goiânia, o artista plástico, que também é escritor, poeta e dramaturgo, lançou o livro de ficção “O Salvador”, o quinto de sua autoria.
A animação ficou por conta do músico Branco Seixas, que no estilo voz e violão, desfiou um repertório baseado nos clássicos da MPB. A solenidade foi prestigiada por artistas, familiares, políticos e amigos que Florêncio cultivou ao longo da vida. A secretária de Projetos Especiais da Procuradoria da Mulher da Alego, Cristina Lopes, foi uma dessas amigas. Ela lembrou que Ivanor sempre foi um artista que trabalhou a arte e a política. “A cultura é instituto de ascensão, de mudança de vida. E é um prazer fazer parte dessa gestão de Bruno Peixoto, que abre as portas para a cultura.”
Também estiveram presentes na solenidade: vereadores por Goiânia Kátia Maria (PT) e Fabrício Rosa (PT); o representante do Ministério da Cultura em Goiás, Milton Gonçalves; o presidente da Associação Goiana de Artes Visuais, Pedro Galvão; entre outros.
Kátia Maria ressaltou a felicidade de poder presenciar a comemoração dos 50 anos de carreira de Ivanor Florêncio. “É uma honra participar desse momento, porque 50 anos é muito tempo, é uma contribuição enorme para a cultura em Goiânia e em Goiás. E as obras de Ivanor estão aqui para comprovar isso.”
Milton Gonçalves sublinhou a satisfação de estar junto do artista nesse marco temporal. Ele destacou importância da trajetória artística de Florêncio e agradeceu pelo convívio que teve com o artista. “Grato por todo o aprendizado, por toda sua história.”
A exposição
As 40 telas que integram a exposição “Meio Século de Arte” pertencem ao acervo do artista e também a colecionadores que emprestaram os quadros para a celebração. São diversos temas, em estilos variados, mas com destaque para problemáticas sociais, como a violência contra a mulher, o racismo e a pobreza. Também há autorretratos, retratos e paisagens. “Eu gosto de ter liberdade para pintar”, disse Florêncio.
Apesar do nome da mostra, o artista está completando, em 2024, 51 anos da primeira exposição que ele realizou, em 1973. Ativista cultural, Florêncio ocupou a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) de Goiânia nos anos de 2015 e 2016, durante a gestão do então prefeito Paulo Garcia.
Segundo Ivanor Florêncio, sua obra busca transmitir alegria, paz e entretenimento, além de causar reflexão. “O artista nasce para alegrar o mundo. Essa é a vocação.”
Para o artista, seus quadros contam um pouco da sua trajetória pessoal, mas também parte da história recente de Goiânia e do Brasil. Ele ressalta a importância da arte no seu dia a dia, revelando que foi o trabalho que o ajudou a superar até problemas de saúde. “Eu já tive dois infartos e um AVC (acidente vascular cerebral) e o que me ressuscitou foi a vontade de escrever e de pintar.”
O público poderá conferir a exposição “Meio Século de Arte” até o dia 17 de maio, no hall de entrada do Palácio Maguito Vilela. Como todo evento cultural realizado pela Casa, a visitação é gratuita.