Ações de combate à síndrome de fadiga crônica foram tema de debate ocorrido nesta terça-feira, 14, no Legislativo
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por meio da Procuradoria da Mulher, promoveu, nesta terça-feira, 14, uma palestra alusiva às discussões do mês Maio Azul, que se refere à síndrome da fadiga crônica. A palestra aconteceu no auditório 2, no térreo, da Casa de Leis.
Na ocasião, a palestra teve como objetivo informar sobre a síndrome da fadiga crônica, que é caracterizada pelo cansaço extremo, que pode durar por vários meses. A condição não tem causa aparente e não melhora com repouso.
Cristina Lopes Afonso, secretária de Projetos Especiais na Procuradora da Mulher da Alego, ressaltou que a síndrome se manifesta entre os 20 e os 50 anos. “Essa doença afeta mais as mulheres. Os níveis altos de estresse podem funcionar como gatilho para o surgimento das crises. A síndrome é conhecida por diferentes nomes, como encefalomielite miálgica (ME), doença da disfunção imune e síndrome de intolerância à atividade física”, pontou.
Já Ivana Andrade, psicóloga e ativista por políticas públicas para pacientes com encefalomielite miálgica, explicou que estamos falando de uma doença comum, subdiagnosticada, que acomete mais de 1 milhão e meio de brasileiros, sendo que 25% dessas pessoas estão em condições graves. “Além disso, ações como essa precisam se repetir com frequência para que esses pacientes não fiquem atrás da sombra e tenham o direito de compreender o que está acontecendo com o próprio corpo”, sublinhou.
Luiz Nacul, diretor do grupo de investigação do Programa de Doenças Crônicas Complexas (CCDP) no Canadá, explica que a encefalomielite é bastante complexa, já que os sintomas e alertas são comuns a outras doenças. “Não há cura ou tratamento aprovado para a síndrome da fadiga crônica. Mas alguns sintomas podem ser tratados para proporcionar alívio, sempre com supervisão médica”, finalizou.