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Procurador da República destaca a necessidade de leis para aumentar a proteção do Cerrado

19 de Junho de 2024 às 11:35

Ao se manifestar durante a audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa do Cerrado, o  procurador da República do Ministério Público Federal (MPF/GO), Wilson Rocha, destacou a necessidade de criação de leis mais efetivas para a proteção do bioma. Ele informou que grande parte do desmatamento hoje existente é considerada legal, o que dificulta a judicialização de ações contra a derrubada da vegetação nativa. 

"Essa semana, eu vi uma manchete da folha de São Paulo em que a Marina Silva, nossa ministra do Meio Ambiente, dizia que o Marco Legal vigente é insuficiente para a proteção do Cerrado. Na Amazônia, nós temos uma reserva legal de 80%, enquanto, no Cerrado, nós temos uma reserva legal de apenas 20%", observou.

O procurador chamou atenção para a necessidade de se repensar a forma de existir no bioma. "O Cerrado não pode ser moeda de troca pela preservação da Amazônia. A gente não pode permitir que o Cerrado seja destruído em prol da preservação da Amazônia, porque a Amazônia é importante, mas não substitui o Cerrado. Temos aqui o berço das águas e um dos maiores centros urbanos do País. Que a gente mude essa compreensão de que só existe no Cerrado agronegócio, soja, milho commodity. Tudo isso pode ter seu lugar, mas temos, aqui, também, quilombolas, indígenas, geraizeiros, uma infinidade de povos e comunidades tradicionais que precisam do bioma para continuar existindo e que oferecem uma alternativa concreta e mais sustentável de ocupação", arrematou.

 

Agência Assembleia de Notícias
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