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Saúde em debate

04 de Julho de 2024 às 11:40
Crédito: Denise Xavier
Saúde em debate
Audiência pública da Comissão de Saúde
Presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB) a audiência pública na manhã desta 5ª-feira, 4, debateu os problemas relacionados aos atrasos nos pagamentos a prestadores de serviços em hospitais públicos.

Na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), uma audiência pública realizada nesta quinta-feira, 4, abordou os problemas relacionados aos atrasos nos pagamentos a prestadores de serviços em hospitais públicos estaduais. O encontro foi marcado por debates e a exposição de diferentes visões sobre as causas e soluções para a crise no sistema de saúde.

A audiência foi proposta e conduzida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), que é presidente da Comissão de Saúde da Alego, e contou com a presença de várias autoridades e representantes do setor, incluindo o líder do Governo no Parlamento, deputado Talles Barreto (UB); a presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane Maria do Valle Santos; o vice-presidente da Coopanest-GO, Wagner Ricardo Soares de Sá; o 2º Secretário do Cremego, Robson Azevedo; e outros membros significativos da comunidade médica e administrativa.

Christiane do Valle Santos destacou a gravidade da situação, afirmando que as Organizações Sociais (OS) responsáveis pela gestão dos repasses do Governo estão falhando em efetuar os pagamentos, apesar de alegarem receber os fundos regularmente. "Hoje completa um mês que efetivamente estamos tomando o calote do secretário de Saúde", desabafou Santos durante sua fala.

O vice-presidente da Coopanest-GO, Wagner Ricardo Soares de Sá, e o 2º secretário do Cremego, Robson Azevedo, também compartilharam suas preocupações sobre a ineficiência e os atrasos nos pagamentos que afetam diretamente o atendimento aos pacientes e a sustentabilidade das operações hospitalares.

De sua parte, o deputado Talles Barreto defendeu a administração atual, afirmando que os pagamentos às OS são realizados de forma adequada e pontual pelo Estado. Barreto sugeriu que a raiz do problema poderia estar na má gestão ou na falta de comunicação eficiente entre as partes.

O deputado Mauro Rubem (PT) criticou o modelo de gestão por OS, descrevendo-o como "falido" e "caro". Ele propôs a criação de uma empresa estatal para gerir os serviços de saúde com mais eficiência e transparência.

A deputada Rosângela Rezende (Agir) enfocou na experiência dos municípios do interior, onde, segundo ela, a falta de experiência e honestidade de algumas OS compromete severamente o acesso à saúde.

A audiência evidenciou um clamor unânime por reformas significativas no sistema de gestão da saúde pública em Goiás. As discussões apontaram para a necessidade de maior fiscalização e revisão dos contratos com as OS, além de uma possível reestruturação do modelo atual para garantir que os serviços de saúde sejam prestados de forma eficaz e que os profissionais sejam remunerados adequadamente.

Os deputados e participantes da audiência concordaram sobre a urgência de resolver esses problemas de forma colaborativa, destacando que a saúde dos cidadãos goianos deve ser a prioridade máxima. Propostas de ação incluem a realização de mais audiências, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a implementação de uma fiscalização mais rigorosa sobre as finanças das OS, manifestações, e a introdução de legislação que apoie uma gestão mais transparente e eficiente.

A audiência pública serviu como um passo para trazer à luz os desafios enfrentados pelo sistema de saúde de Goiás, marcando o esforço coletivo para reformar a gestão de saúde pública no Estado.

Agência Assembleia de Notícias
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