Mauro Rubem critica falta de transparência e bloqueio à fiscalização na área da saúde
Em pronunciamento durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária desta quinta-feira, 7, o deputado Mauro Rubem (PT) fez críticas à gestão da saúde em Goiás, apontando o que ele considera falta de transparência e obstáculos à fiscalização dos recursos destinados ao setor.
Segundo o parlamentar, a crise na saúde está afetando seriamente a população, inclusive ele próprio, que recentemente precisou pagar do próprio bolso por um exame médico, apesar de ser segurado pelo Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde).
O petista apontou que, embora a Secretaria de Estado da Saúde administre um orçamento bilionário, de cerca de R$ 1,8 bilhão, há uma carência de clareza sobre a aplicação desses recursos. “Não é possível que esse dinheiro não possa ser auditado e conferido, para sabermos quem está recebendo e qual o efeito prático para a sociedade. Transparência é um papel básico do parlamento”, afirmou.
O legislador também falou de "tentativas de impedir a fiscalização da pasta", incluindo a proibição de sua entrada em hospitais públicos para averiguar as condições de atendimento. Rubem criticou especialmente a atuação do secretário de Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior, que, segundo ele, estaria se opondo à realização de auditorias independentes, como as do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e impedindo o acesso de parlamentares aos dados financeiros da saúde.
O parlamentar também direcionou críticas ao colega deputado Jamil Calife (PP), integrante da Comissão de Saúde, alegando que este teria convocado uma reunião sem legalidade, excluindo outros membros do colegiado. Para Rubem, a ação de Calife visa proteger o secretário e evitar que o sistema de saúde seja devidamente fiscalizado. “É vergonhoso que um parlamentar se submeta a isso e dificulte a transparência de recursos que são essenciais para a saúde pública”, protestou.
Na visão de Mauro Rubem, as recentes demissões em massa de funcionários de hospitais estaduais e a pressão para contratação de cooperativas são sinais de uma má gestão que precisam ser investigados com rigor. Ele prometeu continuar exigindo a auditoria dos gastos na saúde e trazer informações ao público, a fim de assegurar que os recursos estejam sendo usados em prol da população.