Ícone alego digital Ícone alego digital

Notícias dos Gabinetes
Reduzir uso de agrotóxicos e estimular produção sustentável em Goiás é o novo projeto proposto por Mauro Rubem

29 de Outubro de 2025 às 14:17
Reduzir uso de agrotóxicos e estimular produção sustentável em Goiás é o novo projeto proposto por Mauro Rubem

A proposta proíbe a concessão de incentivos fiscais e benefícios tributários a agrotóxicos e produtos correlatos no Estado, além de estabelecer regras de transparência sobre sanções e banimentos internacionais nas embalagens desses produtos

Como defensor do desenvolvimento sustentável e da produção de alimentos saudáveis, o deputado Mauro Rubem (PT) apresentou na Assembleia Legislativa de Goiás o Projeto de Lei Complementar que institui a Política Estadual de Redução de Agrotóxicos e Transição Agroecológica. A proposta proíbe a concessão de incentivos fiscais e benefícios tributários a agrotóxicos e produtos correlatos no Estado, além de estabelecer regras de transparência sobre sanções e banimentos internacionais nas embalagens desses produtos.

Segundo o parlamentar, o objetivo central da iniciativa é eliminar gradativamente o uso de substâncias químicas tóxicas na agricultura, promovendo a produção agroecológica, protegendo a saúde pública, o meio ambiente e a soberania alimentar.

“Trata-se de um marco civilizatório no combate ao modelo químico-dependente que transformou o Brasil na maior lixeira química do planeta. Enquanto países desenvolvidos proíbem e tributam pesadamente os venenos agrícolas, o Brasil e particularmente Goiás concedem isenções fiscais a produtos que destroem o solo, contaminam a água e adoecem a população. É um contrassenso ético, jurídico e sanitário”, declarou Mauro Rubem.

Pesquisas citadas pelo deputado reforçam a urgência da medida. Um levantamento da BBC News Brasil e de universidades públicas indica que o glifosato, o agrotóxico mais utilizado no país, está associado a 503 mortes infantis por ano e que os limites de resíduos permitidos na água no Brasil são 5 mil vezes superiores aos da União Europeia. Segundo a geógrafa Larissa Bombardi, o país consome 800 milhões de quilos de agrotóxicos por ano, sendo que sete dos dez mais vendidos são proibidos na Europa.

Durante o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5553, o ministro Flávio Dino também destacou a incoerência do modelo vigente: “Os venenos proibidos na Europa são exportados para o Brasil. O corpo do europeu é menos vulnerável que o corpo do brasileiro? Claro que não.”

Para Mauro Rubem, a isenção fiscal concedida a essas substâncias representa um subsídio à doença, ao câncer e à morte precoce, o que viola os artigos 6º, 196 e 225 da Constituição Federal, que asseguram o direito à saúde e a um meio ambiente equilibrado.

“Revogar esses privilégios é um ato de soberania sanitária, justiça tributária e defesa da vida. Cada real economizado em isenções deve ser revertido em apoio a quem produz alimento, não veneno, em investimento agroecológico, não em contaminação química”, afirmou o deputado.

O projeto também prevê a criação do Programa Estadual de Transição Agroecológica e Produção Sustentável (PETAPS), destinado a apoiar agricultores familiares, assentados da reforma agrária, cooperativas e comunidades tradicionais que adotem práticas agroecológicas. O programa oferecerá linhas de crédito específicas, assistência técnica permanente, certificação gratuita de produtos agroecológicos e prioridade nas compras públicas e na merenda escolar.

Outra inovação é a criação do Selo “Goiás Livre de Agrotóxicos”, que será concedido a produtores e empreendimentos que comprovem práticas agrícolas livres de substâncias químicas nocivas, mediante certificação ambiental emitida por órgão competente.

Além disso, o texto estabelece que as embalagens e rótulos de agrotóxicos comercializados em Goiás deverão conter aviso explícito sobre sanções e proibições internacionais, com a advertência: “ESTE PRODUTO POSSUI HISTÓRICO DE BANIMENTO OU SANÇÃO INTERNACIONAL. CONSULTE OS RISCOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE.”

Com a aprovação do projeto, o Estado de Goiás se tornaria pioneiro em adotar uma política pública de transição agroecológica aliada à responsabilidade fiscal e sanitária, deixando de financiar o envenenamento ambiental e passando a investir em uma produção limpa, sustentável e voltada à vida.

“Com esta Lei Complementar, Goiás deixará de financiar o envenenamento de sua população e passará a investir em produção limpa, alimentos saudáveis e desenvolvimento sustentável”, concluiu Mauro Rubem.

Gabinete Dep. Mauro Rubem Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.