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Em Vila Boa de Goiás, deputado Mauro Rubem participa de audiência pública contra exploração de trabalhadores na CBB
O deputado Mauro Rubem (PT) participou, nesta sexta-feira, 31, da Audiência Pública “Repúdio à Companhia Bioenergética Brasileira – CBB”, realizada no município de Vila Boa de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O evento teve como objetivo denunciar e enfrentar mais um caso de exploração trabalhista na região.
No dia 29 de setembro de 2025, 108 trabalhadores rurais foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) em condições análogas à escravidão nas dependências da CBB. Segundo o MPT, os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, alojamentos precários, ausência de registro em carteira, falta de banheiros e equipamentos de proteção, vivendo em situação de exploração desumana.
Em pronunciamento durante a audiência, Mauro Rubem destacou a gravidade do caso e defendeu medidas concretas para combater a exploração. "A usina deve ser desapropriada e convertida em um grande assentamento de reforma agrária, para que os trabalhadores da região possam ser donos de sua própria força de trabalho, rompendo as amarras da escravidão moderna imposta pelo latifúndio e pela CBB", pontuou.
Para o deputado, essa transformação permitirá que os trabalhadores se tornem agricultores familiares e camponeses livres, capazes de produzir alimentos saudáveis, viver com dignidade e gerar renda para sustentar suas famílias. “Nosso objetivo é garantir que a terra cumpra sua função social, que gere vida, dignidade e liberdade, não exploração e sofrimento”, afirmou Mauro Rubem.
Além das irregularidades trabalhistas, a Companhia Bioenergética Brasileira enfrenta pendências legais que somam cerca de R$ 91 bilhões em dívidas com a União e o Estado de Goiás. A empresa também possui registros de sanções ambientais, incluindo o embargo de 4 mil hectares de terras utilizados irregularmente, com multas que ultrapassam R$ 4 milhões.
A audiência foi promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Distrito Federal e Entorno (MST DFE) e contou com a participação de movimentos populares, sindicatos e autoridades, reforçando o repúdio às práticas abusivas da CBB e a defesa dos direitos da classe trabalhadora.