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Comissão da Criança e Adolescente debateu, nesta 5ª feira, 22, em seminário a temática da Família Acolhedora

22 de Junho de 2023 às 12:50
Crédito: Will Rosa
Comissão da Criança e Adolescente debateu, nesta 5ª feira, 22, em seminário a temática da Família Acolhedora
Seminário "Prosa em rede: tecendo a implementação do serviço de acolhimento em família acolhedora"

Por iniciativa da Comissão da Criança e Adolescente, a Assembleia Legislativa de Goiás está realizando ao longo desta quinta-feira, 22, o seminário "Prosa em rede: tecendo a implementação do serviço de acolhimento em família acolhedora". O evento acontece no Auditório 1, no andar térreo do Palácio Maguito Vilela, e conta com a presença dos diversos atores que compõem a rede de proteção à infância.

Pela manhã, o público assistiu às palestras da representante da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (SNAS/MDS), Ana Angélica Campelo e da vice-presidente do Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária, denominada de Programa Aconchego, Júlia Salvagni.

No período vespertino, vão palestrar o Juiz da Vara da Infância e Juventude de Uberlândia, José Roberto Poiani; e, ainda, a autora do livro ‘Família Acolhedora: As Relações de Cuidado e de Proteção no Serviço de Acolhimento”.

O seminário procura discutir os serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que realizam acolhimento de crianças e adolescentes que precisam ser afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de acolhimento, conforme consta da garantia de direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A prática é regulamentada pela Lei nº 13.509/2017, mas, na Capital goiana, que passa a oferecer o serviço, sua previsão legal ocorre por meio da Lei Municipal nº 10.269/2018.

A primeira palestrante da manhã abordou o contexto sobre o acolhimento no Brasil e trouxe dados relevantes acerca dessa questão. Ela explicou que o Programa Família Acolhedora consiste em localizar uma família que possa receber a criança em situação de vulnerabilidade por um período determinado, oferecendo um ambiente seguro e afetivo para essa criança, sendo uma alternativa que possa garantir bem-estar e proteção. O processo se dá enquanto a criança aguarda o retorno à sua família de origem ou uma adoção definitiva.  

Ana Angélica esclareceu que o projeto tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento da criança, oferecendo suporte emocional, educacional e social desempenhando um papel fundamental na garantia dos direitos das crianças e adolescentes, contribuindo para a sua formação e crescimento saudável. “Família acolhedora é temporária, mas o carinho recebido é para a vida toda”, concluiu a primeira palestrante. 

Em seguida, através de uma participação híbrida, a participante da primeira turma do Família Acolhedora, Vânia Camposn deu seu depoimento.  Ela revelou que ao longo de cinco anos recebeu nove crianças através do projeto. “Quando você recebe uma criança na sua casa, a criança toca a história da sua família de forma única”, pontuou demonstrando sua emoção. 

A terceira palestrante da manhã foi Júlia Salvagnin que falou dos desafios de ser uma família acolhedora. “É preciso estar preparado para lidar com as dificuldades que podem surgir ao acolher uma criança ou adolescente que passou por situações de violência, pois a criança pode ter vivido situações muito traumáticas e os adultos precisam ajudar na superação desses eventos difíceis.  

“Apesar dos desafios, ser uma família acolhedora pode ser uma experiência gratificante e transformadora.  É uma oportunidade de oferecer amor, cuidado e proteção a quem mais precisa e de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária”, ressaltou Salvagni em sua fala. 



Agência Assembleia de Notícias
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