Caminhos da sustentabilidade
Atenta à urgência em ampliar os cuidados ao meio ambiente, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás transformou a sustentabilidade em um dos seus principais objetivos na 20ª Legislatura. Com o nome provisório de “selo verde”, as iniciativas estão em desenvolvimento a pedido do presidente do Parlamento goiano, Bruno Peixoto (UB), preocupado em minimizar o impacto ambiental das atividades promovidas no Palácio Maguito Vilela e, como bônus, ainda economizar nos gastos de manutenção do prédio.
O diretor Administrativo da Alego, Leder Pinheiro, conta que são medidas imediatas com potencial para gerar impactos a longo prazo. “Nosso propósito parte da importância de usar o dinheiro público com responsabilidade. Nós, como Casa de Leis, precisamos dar exemplo para a sociedade e isso foi uma solicitação direta do presidente Bruno”, revela.
Conforme Pinheiro narra, a ideia é tornar a sede da Alego um prédio 100% ecológico. Assim, não há mais compra de copos descartáveis e será aberta uma licitação para adquirir duas mil canecas reutilizáveis, que serão incorporadas ao patrimônio da Assembleia e distribuídas entre os departamentos. Além disso, há previsão para a compra de bebedouros que permitam o consumo de água sem a necessidade de copos e a oferta de água em garrafas plásticas foi descontinuada.
No mesmo sentido, a Seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa tem promovido campanhas internas para estimular o pensamento ecológico entre os servidores. Em mensagem que circula nos meios de comunicação internos, lê-se: “Troque o copo descartável por uma atitude sustentável. Se você usar três copos por dia, vai economizar 700 copos por ano. Pequenos hábitos geram grandes mudanças”.
Além disso, a Diretoria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho está estudando estratégias para implantar gradualmente a coleta seletiva no Palácio Maguito Vilela. Servidora da Casa, a assistente social Lázara Helieth conta que a separação de materiais recicláveis é feita na secretaria em que está lotada há um certo tempo por iniciativa dos próprios colaboradores. “Só o que nós separamos já é uma quantidade significativa de resíduos reaproveitáveis que iriam para o lixo. Eu mesma levo para reciclar. Imagina se o prédio inteiro fizesse a mesma coisa?”, vislumbra.
Mais um esforço é pela redução no uso de papel e tinta, o que começou com a criação do Alego Digital. O programa proporciona a tramitação de todos os processos internos do Parlamento estadual de forma on-line, estimulando a economia, eficiência e celeridade. Apenas em 2023, até o início de julho, o sistema já evitou o gasto de 346.550 folhas de papel.
Por fim, vale lembrar que a sede da Alego conta com uma miniusina solar para geração de energia limpa e renovável. As 362 placas fotovoltaicas, que foram instaladas no ano passado na parte mais alta da edificação, devem entrar em operação nas próximas semanas.
A deputada Rosângela Rezende (Agir), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, considera que a destinação correta de resíduos é um dos principais desafios na preservação do meio ambiente. Por isso, destaca a possibilidade de estimular os cuidados com a natureza a partir do poder de conscientização do Legislativo.
“Com essas atitudes, podemos promover a educação ambiental a partir do exemplo. Tornar a sede da Alego sustentável inspira iniciativas análogas por todo o estado e pode, inclusive, motivar os próprios parlamentares a apoiarem a causa com emendas e projetos de lei”, avalia.