Bia de Lima defende políticas públicas que tratem questão do aborto
A deputada Bia de Lima (PT) ocupou a tribuna do Pequeno Expediente na sessão ordinária desta terça-feira, 8, para rebater discurso do deputado Cairo Salim (PSD), que disse ser necessário conscientizar as mulheres e a população contra o que, na visão dele, seria uma tendência mundial progressista de naturalizar e legalizar a prática do aborto.
“Nenhuma mulher gostaria de fazer aborto. O governo federal não defende o aborto. Como mãe, professora e militante sindical, não defendo o aborto. Defendo a vida. Mas quem tem de decidir isso é a mãe. São as mulheres. É muito fácil um homem criticar a mulher. Mas, nessa nossa sociedade machista, com tanto feminicídio, muitas vezes, mulheres grávidas são abandonadas e ficam sozinhas como responsáveis pelos filhos”, afirmou a deputada.
Para Bia de Lima, o que está em discussão é saúde pública. Segundo ela, o Ministério da Saúde está procurando garantir o direito à vida, principalmente, de quem já está vivo, que é a mãe. “Quem tem dinheiro vai às clínicas clandestinas caras e até mesmo para fora do País fazer aborto. Mas ninguém aqui quer que as mulheres façam aborto. Queremos garantir que essas mulheres tenham o direito de garantir suas vidas e de seus bebês”, assinalou.
Ela frisou ainda que homens defendem ideias deturpadas, como a de que há a tendência de naturalizar aborto: “Ninguém tem direito de imputar ao outro riscos e situações que ninguém quer. Ninguém sabe melhor dos malefícios causados pelo aborto do que as próprias mulheres. Tive meu filho sozinha, mas nunca pensei em tirar meu filho. Eu tive condições para isso, mas nem sempre as mulheres têm”, ressaltou.