Alego sedia lançamento do 9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) recebeu na manhã desta segunda-feira, 11, a divulgação do edital da 9ª edição do prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero.
A iniciativa busca identificar e valorizar práticas pedagógicas de professores e gestores da educação básica, com o propósito de construir a equidade racial e de gênero, concretizando o direito ao pleno desenvolvimento escolar de crianças, adolescentes e jovens negros, brancos, indígenas e de outros grupos étnico-raciais.
Prêmio Educar
O Prêmio. criado no início do ano 2000 .é dividido em duas categorias: Prática Docente e Escola. A categoria Prática Docente é dividida em duas modalidades: Prática Docente Realizada, efetuadas entre 2022 e 2023, e Prática Docente Projetada, ou seja, ainda não executada. Já a categoria Escola conta apenas com a modalidade Gestão com Equidade e Antirracista (GEA).
Na categoria Gestão Escolar, os vencedores também receberão o curso e o kit. Serão selecionados 16 finalistas e eleitas oito propostas, que receberão equipamentos para as escolas, elegíveis numa listagem fornecida pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), dentro do valor de 10 mil reais. Por isso, segundo o CEERT, é necessário qualificar a educação que a sociedade quer, sendo ela a educação antirracista. "Ou seja, uma educação que leva em consideração as contribuições civilizatórias de cada grupo que compõem a sociedade brasileira.
Cecília Vieira é uma das coordenadoras do prêmio e explicou que o objetivo é fortalecer a ação coletiva da escola, no sentido que as práticas não são individualizadas. “Estamos falando de um prêmio que dá vazão a algo que nós dizemos a muito tempo. É preciso ter a gestão envolvida para a implementação da lei 10.639, de 2013. É preciso ter uma gestão engajada e por isso a categoria Gestão, dentro do prêmio”, afirmou. Ela também destacou que na região Centro-Oeste, sobretudo no Estado de Goiás, poucas práticas foram socializadas de acordo com o levantamento do CEERT, mas chamou atenção para a subnotificação. “Sabemos que isso não é verdade, temos ciências que possuímos boas práticas. Por isso estamos realizando essa reunião, para mudarmos esse mapa em Goiás, e vocês estão sendo convocadas para repensarmos essas práticas no Estado”, afirmou.
Francineia Alves é coordenadora no CEERT e explicou que o material que as escolas interessadas precisam preparar para concorrerem a premiação. Ela destacou que, em cada categoria, 16 escolas são selecionadas e a partir daí os selecionados encaminham fotografias, vídeos e reportagens produzidas que evidenciam o dia a dia das práticas pedagógicas. A coordenadora também destacou que o prêmio é conquistado por toda a escola que as práticas é uma forma de contribuir para uma sociedade menos desigual nas questões raciais. “Esse projeto faz parte de uma política de ação afirmativa, de reparação, de reconhecimento e de valorização da nossa história, cultura e identidade. É uma forma de contribuir com uma sociedade mais igualitária, com total respeito a todos os individuos e à diversidade”, afirmou.
O programa é aberto para escolas da rede pública e privada e as incrições poderão ser realizadas até o dia 31 de março, através do site ofical do CEERT.