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Preservação ambiental

09 de Dezembro de 2024 às 11:30
Crédito: Will Rosa
Preservação ambiental
Audiência para a apresentação do Parque Metropolitano de Goiânia
Parlamento goiano promoveu, nesta 2ª-feira, 9, uma audiência pública para a apresentação do projeto do Parque Metropolitano de Goiânia, onde foram discutidos os aspectos ambientais, urbanísticos e sociológicos.

Por iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT), a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realizou, na manhã desta segunda-feira, 9, audiência pública para apresentação do Parque Metropolitano de Goiânia, um programa urbanístico com foco na despoluição hídrica da cidade.

Além do parlamentar, a mesa dos trabalhos foi composta pela diretora do Departamento de Regularização, Urbanização Integrada e Qualificação de Territórios Periféricos, Júlia Lins Bittencourt; pelos arquitetos e urbanistas Osmar Pires Martins Júnior, Mauro Pereira de Souza e Carina Tomazett; e; representando o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO), o assessor jurídico Madson da Veiga.

Ao iniciar o encontro, Mauro Rubem declarou que a apresentação do projeto é outra etapa no objetivo de reestruturar os problemas que ocorrem na urbanização junto ao rio Meia Ponte, sobretudo para as famílias que residem em áreas de risco próximas ao rio e disponibilizar melhores condições de moradia.  

“Nós não conseguimos evitar que o rio fosse degradado e poluído, mas ainda dá tempo de recuperá-lo. Esse projeto foi apresentado em julho desse ano, por intermédio da Prefeitura de Goiânia e estamos aqui para debater soluções, sugestões e contribuir para nossa cidade”, declarou. Além disso, o encontro também foi oportuno para apresentar o programa à equipe de transição do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB).

Ao apresentar o projeto, a arquiteta Carina Tomazett ressaltou que o parque metropolitano é um mosaico de 15 parques inseridos na região Metropolitana de Goiânia ao longo do curso do rio Meia Ponte e que atuará como uma solução baseada na natureza. A ideia, segundo a arquiteta, é auxiliar no controle de alagamentos urbanos ao promover a drenagem sustentável por meio de solos permeáveis, vegetação adaptada e áreas de retenção, diminuindo o impacto das enchentes. “A intenção do projeto é transformar essas áreas de alagamentos em parques sustentáveis. Por mais que seja um projeto grandioso, ele já existe em outros lugares e, se unirmos a iniciativa privada, o setor público e a sociedade civil, conseguiremos realizar esse projeto”, encerrou.

O gerente de formulação de políticas e pesquisa ambiental da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Amma), Pedro Baima, esteve no evento e pediu a palavra para oferecer contribuições. De início, ele declarou que o encontro é de grande importância para que projetos como o Parque Metropolitano sejam aceitos e incorporados à sociedade.

Além disso, o gerente evidenciou sua preocupação com as residências em locais de ocupação. “Sabemos que existem ocupações de comunidades de baixa renda e ocupações de lazer. Fiz essas duas abordagens para falar que a área de preservação de um rio como o Meia Ponte não pode ser ocupada em nenhuma hipótese, pois a sua cota de inundação varia de local para local, sobretudo pelo relevo. É importante ressaltar que os diques que a Prefeitura fez são cuidados paliativos, não são definitivos. É uma bomba relógio. Estamos vivendo um momento de mudanças climáticas e, a cada ano que passa, essas áreas serão duramente castigadas e os diques vão se tornar grandes armadilhas”, declarou. Por fim, Pedro enfatizou a importância de realocar essas famílias, de modo a garantir sua sobrevivência e oferecer condições dignas e salubres de moradia.

 

Agência Assembleia de Notícias
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