Destinação de recursos ao Fundeinfra tem tramitação interrompida após pedido de vista
O processo nº 19372/25, o qual o governador Ronaldo Caiado (UB) pede autorização para a abertura de crédito especial de R$ 1.163.032,25 ao Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) recebeu pedido de vista dos deputados Delegado Eduardo Prado (PL), Antônio Gomide (PT), Major Araújo (PL), Bia de Lima (PT), Mauro Rubem (PT) e Paulo Cesar Martins (PL). O aporte tem a finalidade de custear despesas operacionais e administrativas do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), necessárias à execução descentralizada de políticas e ações previstas no plano de trabalho aprovado pelo Conselho Gestor do Fundeinfra.
Na ocasião, Gomide afirmou que seria imprescindível que os parlamentes tomassem conhecimento do que se propõe a medida, previamente. 'É fácil demais. Estamos com um grande problema que é explicar a forma como esse dinheiro está entrando na poupança e não está sendo aplicado. Vamos pedir explicação para termos um plano de trabalho do que está sendo investido. Como tinha R$ 2 bilhões em caixa e não tinha como gastar e, agora, está investindo mais dinheiro do Estado?", afirmou.
Em resposta, o deputado Talles Barreto (UB) afirmou que a abertura de crédito visa somente à reestruturação do Ifag. "O valor é bem ínfimo, é o mínimo para a organização do Fundeinfra. Montar uma estrutura dessa não é simples", encerrou.
Na sequência, Prado considerou que a medida é ilegal. "Quero dizer que apresentamos um projeto para acabar com o Fundeinfra, que vem sacrificando os produtores. A justificativa para a criação dessa taxa acabou. O governador Ronaldo Caiado não paga nada de empréstimo. Ele só arrecada e ainda quer taxar o agro e criar o Ifag, que é uma bagunça", destacou.
Mauro Rubem também pediu esclarecimentos sobre o assunto e defendeu que seria mais viável investir na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e destacou que a autarquia é responsável pelas manutenções da infraestrutura do Estado. "Precisamos cuidar do dinheiro público. Não é porque está sobrando que podemos jogar fora", arrematou.
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