Metago: equívocos ameaçam modelo de sucesso
* Wagner Guimarães é deputado estadual (PMDB)
Os bens minerais possuem uma importância significativa para a asociedade. A tal ponto que as fases históricas da evolução do homem são divididas em função dos tipos de minerais utilizados: Idade da Pedra, do Bronze, do Ferro, etc. Nenhuma civilização pode prescindir do uso dos bens minerais, principalmente quando se pensa em qualidade de vida, uma vez que as necessidades básicas do ser humano – alimentação, moradia e vestuário – são atendidas essencialmente por esses recursos. A mineração está na base da produção agropecuária moderna e é essencial à vida e ao bem-estar da população em geral, além de gerar milhares de postos de trabalho e renda e impostos aos Municípios, Estados e União.
A mineração é reconhecida internacionalmente como atividade alavancadora do desenvolvimento, tendo grande participação no desenvolvimento econômico de muitas das principais nações do mundo, como Canadá, Austrália e Estados Unidos. O Brasil se destaca nesse contexto e Goiás é o terceiro maior produtor mineral brasileiro. Goiás conseguiu, a duras penas, manter um dos três únicos centros de tecnologia mineral do País voltados ao atendimento das demandas das empresas de mineração; possui uma equipe técnica muito reduzida, porém reconhecidamente competente; e conta com um fundo específico para financiamento de projetos na área, o Funmineral. Porém, enfrenta as agruras de uma política mineral equivocada, que colocou o único órgão especializado em liquidação e descentralizou as atividades no setor.
Parte da política está vinculada à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), que executa políticas de financiamento, por meio do Funmineral, e parte na Metais de Goiás S/A, a Metago, empresa em processo de liquidação. Na contramão do boom de desenvolvimento, o Estado está perdendo oportunidades, pois a política mineral goiana se encontra toda ela centrada em estudos e conhecimentos obtidos no passado, que nos permitiu alcançar os índices atuais, mas que já se mostram defasados frente às novas tecnologias de localização, qualificação e quantificação de jazidas. O lugar de destaque nacional que hoje alcançamos deve-se ao trabalho desenvolvido no passado pela Metago, e esse trabalho precisa continuar, imediatamente ou daqui a alguns anos, porque, quando as atuais jazidas estiverem em declínio, não teremos como substituí-las apropriadamente.
Muitos Estados brasileiros possuem potencial de mineração do tamanho ou maior do que Goiás, mas o que realmente nos propiciou essa atuação de destaque nacional? Podemos, sem medo de errar, afirmar que foi a política adotada desde 1960 até alguns anos atrás, quando, sem motivos aparentes e convincentes, fez-se um corte nesse modelo de sucesso e feriu-o de morte. Resultados em mineração só aparecem após décadas de pesquisas científicas continuadas. A interrupção desse processo nos levará à perda de anos de conhecimento. Dentro de pouco tempo, os técnicos começarão a se aposentar e a falta de renovação refletirá na perda de grande parte do conhecimento pesquisado. Além disso, já não teremos os laboratórios, que, desgastados pelo tempo e sem utilização, estarão totalmente perdidos.
Para que Goiás continue a gerar riquezas por meio da exploração de todo o seu potencial mineral, precisamos voltar a ter equipes de pesquisas laboratoriais e de campo. Buscar as novas tecnologias e implementá-las. A interrupção que enfrentamos com a liquidação da Metago fecha-nos as portas do futuro, desorganiza o modelo de sucesso que vínhamos adotando e coloca em risco todo um trabalho de décadas, que elevou Goiás ao patamar de produtor destacado no Brasil.
Há forma de se corrigir os erros recentes e ainda há tempo para retomarmos o caminho de desenvolvimento do setor mineral. Continuando no caminho atual, o setor mineral de Goiás, em breve, estará em decadência e as árvores que geraram frutos estarão com seus galhos e troncos secos por absoluta falta de sensibilidade dos que, sem estudos aprofundados, tomaram medidas que interromperam os trabalhos de preparo do solo, ceifando oportunidades e inadequadamente fechando as portas do futuro.
Os bens minerais possuem uma importância significativa para a asociedade. A tal ponto que as fases históricas da evolução do homem são divididas em função dos tipos de minerais utilizados: Idade da Pedra, do Bronze, do Ferro, etc. Nenhuma civilização pode prescindir do uso dos bens minerais, principalmente quando se pensa em qualidade de vida, uma vez que as necessidades básicas do ser humano – alimentação, moradia e vestuário – são atendidas essencialmente por esses recursos. A mineração está na base da produção agropecuária moderna e é essencial à vida e ao bem-estar da população em geral, além de gerar milhares de postos de trabalho e renda e impostos aos Municípios, Estados e União.
A mineração é reconhecida internacionalmente como atividade alavancadora do desenvolvimento, tendo grande participação no desenvolvimento econômico de muitas das principais nações do mundo, como Canadá, Austrália e Estados Unidos. O Brasil se destaca nesse contexto e Goiás é o terceiro maior produtor mineral brasileiro. Goiás conseguiu, a duras penas, manter um dos três únicos centros de tecnologia mineral do País voltados ao atendimento das demandas das empresas de mineração; possui uma equipe técnica muito reduzida, porém reconhecidamente competente; e conta com um fundo específico para financiamento de projetos na área, o Funmineral. Porém, enfrenta as agruras de uma política mineral equivocada, que colocou o único órgão especializado em liquidação e descentralizou as atividades no setor.
Parte da política está vinculada à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), que executa políticas de financiamento, por meio do Funmineral, e parte na Metais de Goiás S/A, a Metago, empresa em processo de liquidação. Na contramão do boom de desenvolvimento, o Estado está perdendo oportunidades, pois a política mineral goiana se encontra toda ela centrada em estudos e conhecimentos obtidos no passado, que nos permitiu alcançar os índices atuais, mas que já se mostram defasados frente às novas tecnologias de localização, qualificação e quantificação de jazidas. O lugar de destaque nacional que hoje alcançamos deve-se ao trabalho desenvolvido no passado pela Metago, e esse trabalho precisa continuar, imediatamente ou daqui a alguns anos, porque, quando as atuais jazidas estiverem em declínio, não teremos como substituí-las apropriadamente.
Muitos Estados brasileiros possuem potencial de mineração do tamanho ou maior do que Goiás, mas o que realmente nos propiciou essa atuação de destaque nacional? Podemos, sem medo de errar, afirmar que foi a política adotada desde 1960 até alguns anos atrás, quando, sem motivos aparentes e convincentes, fez-se um corte nesse modelo de sucesso e feriu-o de morte. Resultados em mineração só aparecem após décadas de pesquisas científicas continuadas. A interrupção desse processo nos levará à perda de anos de conhecimento. Dentro de pouco tempo, os técnicos começarão a se aposentar e a falta de renovação refletirá na perda de grande parte do conhecimento pesquisado. Além disso, já não teremos os laboratórios, que, desgastados pelo tempo e sem utilização, estarão totalmente perdidos.
Para que Goiás continue a gerar riquezas por meio da exploração de todo o seu potencial mineral, precisamos voltar a ter equipes de pesquisas laboratoriais e de campo. Buscar as novas tecnologias e implementá-las. A interrupção que enfrentamos com a liquidação da Metago fecha-nos as portas do futuro, desorganiza o modelo de sucesso que vínhamos adotando e coloca em risco todo um trabalho de décadas, que elevou Goiás ao patamar de produtor destacado no Brasil.
Há forma de se corrigir os erros recentes e ainda há tempo para retomarmos o caminho de desenvolvimento do setor mineral. Continuando no caminho atual, o setor mineral de Goiás, em breve, estará em decadência e as árvores que geraram frutos estarão com seus galhos e troncos secos por absoluta falta de sensibilidade dos que, sem estudos aprofundados, tomaram medidas que interromperam os trabalhos de preparo do solo, ceifando oportunidades e inadequadamente fechando as portas do futuro.