O deputado Júlio da Retífica (PSDB), presidente da Comissão de Tributação Finanças e Orçamento, presidiu audiência pública na manhã desta quarta-feira, 9, em que a diretoria da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) prestou contas referente ao ano de 2013. Além do parlamentar, compuseram a mesa diretiva dos trabalhos o presidente da ACCG, Alexandre Meneghini, e o gerente financeiro Marcelo Brandão.

A audiência contou com a participação do juiz de Direito José Ricardo Machado, representante do Tribunal de Justiça de Goiás; do diretor técnico do Hospital Araújo Jorge, Márcio Roberto; do secretário-geral do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, Marcos Vinícius do Amaral; e do diretor da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Odilon de Sousa. Colaboradores, voluntários, pacientes e acompanhantes do Hospital do Câncer Araújo Jorge também estiveram no auditório.

Júlio da Retífica abriu os trabalhos e em seguida o presidente da ACCG iniciou a apresentação dos dados do relatório. À frente da administração desde 2012, Meneghini destacou que assumiu o controle da Associação em um período no qual, principalmente o Hospital Araújo Jorge, se encontrava em dificuldades financeiras graves. “Foi um período caótico, no qual faltavam medicamentos, estrutura e principalmente recursos.”

De acordo com o presidente, a situação foi revertida. “Conseguimos sanar as dívidas e disponibilizar hoje, à população, um Hospital que trabalha em sua plenitude e se mostra uma instituição viável, oferecendo à sociedade um serviço melhor do que era oferecido há poucos anos.”

A reversão da difícil situação se tornou possível, segundo Meneghini, através de um forte planejamento que regularizou a situação financeira e permitiu a retomada dos investimentos. “E para o futuro continuaremos a trabalhar nesta linha para que possamos apresentar resultados positivos e melhorias ano a ano.”

De acordo com ele a intenção, nos próximos anos, é passar do conceito bom para ótimo. “Temos hoje um excelente padrão de tratamento, mas ainda falta oferecer conforto ao paciente, e isso é exatamente o próximo passo que buscamos. Estamos ampliando a capacidade de atendimento com novos equipamentos e ampliando a estrutura no intuito de agilizar o atendimento.”

Júlio da Retífica afirmou que antes mesmo dos dados serem apresentados já era possível perceber a grande melhoria que a atual administração vem promovendo. “Sabemos das dificuldades que a Associação passou no passado, e mesmo sem acesso aos dados podemos perceber o quanto o serviço prestado já evoluiu.”

Para o deputado, essa melhoria é comemorável devido à grande importância que a Associação tem para o Estado de Goiás e para o Brasil, já que é responsável pela administração de um dos hospitais de referência em combate ao câncer no País.

Dados

Meneghini destacou que o ano foi de trabalho com foco no paciente, na reestruturação administrativa e financeira, no cumprimento da missão e nos valores da instituição. “Um dos reflexos desse grau de comprometimento pode ser verificado através do resultado superavitário de mais de 8 milhões de reais no balanço patrimonial do ano de 2013, fato inédito há mais de 12 anos.”

Além disso, houve a realização de mais de 1 milhão de procedimentos, o aumento significativo de cirurgias realizadas, a recuperação gradativa da imagem institucional e a redução da dívida acumulada de curto e longo prazos.

Para ele, mesmo a ACCG sendo uma instituição de caráter filantrópico, o objetivo é atingir parâmetros de eficiência e produtividade comparados a grandes empresas privadas. “Oferecer saúde de qualidade só é possível a partir de equipes que apresentem resultados. Esses resultados nada mais são do que o reflexo do motivo pelo qual trabalhamos, que é o bem-estar daqueles que nos procuram em busca de tratamento.”

Meneghini destacou que o organograma foi atualizado e complementado com novas áreas. Também foram firmadas novas parcerias com o Poder Público e com a sociedade através das quais foi possível a captação de mais de R$ 2,4 milhões em recursos.

Em 2013 ainda, a ACCG recebeu, segundo dados apresentados pelo diretor financeiro, Marcelo Brandão, três parcelas de R$ 518 mil do Governo Estadual, como verba auxiliar na aquisição de medicamentos e R$ 700 mil provenientes de condenações de bancos por danos sociais, os quais serão destinados para reequipar o hospital, especialmente na área do centro cirúrgico, UTI e radioterapia.