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Aquicultura e piscicultura

26 de Junho de 2015 às 11:37
Crédito: Marcos Kennedy
Aquicultura e piscicultura
Audiência fortalecimento cadeia produtiva Aquicultura e Psicultura
Assembleia Legislativa realizou audiência pública na manhã desta 6ª-feira, 26, sobre a atividade em Goiás. Proposta do deputado Jean.

Por iniciativa do deputado e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, Jean (PHS), a Casa sediou na manhã desta sexta-feira, 26, audiência pública sobre o “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Aquicultura e Piscicultura” em Goiás. O encontro teve lugar no Auditório Solon Amaral.

Participaram do evento autoridades e representantes de diversos setores ligados ao assunto: o superintendente federal de pesca e aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, Valdeci Salviano Mendonça; o gerente de desenvolvimento sustentável aquicultura e pesca da Superintendência de Política Agrícola, Agronegócios e Irrigação, Uacir Bernardes; o vice-presidente da Comissão de Aquicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Gustavo Furtado.

Também: o superintendente executivo de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), Antônio Flávio Camilo de Lima; o zootecnista e doutor em aquicultura continental Paulo Roberto; e o zootecnista e mestre em aquicultura continental Guthemberghe Kirk da Fonseca Ribeiro.

O deputado Jean destacou a importância de debater o tema tornando público as dificuldades enfrentadas no Estado pelos piscicultores. Ressaltou que iniciativas como essa podem ampliar a organização de uma cadeia produtiva em todo país, que hoje importa anualmente mais de 300 mil toneladas de peixe, principalmente do Chile.

“A piscicultura especialmente é uma cadeia produtora de alimentos muito importante, nós temos em nosso Estado um potencial muito grande, para desenvolver bons projetos. A iniciativa de debatermos esse assunto partiu de manifestação de criadores de peixes da região de Uruaçu, região da Serra da Mesa em geral, que vem encontrando entraves para desenvolver suas atividades, principalmente por questões de licenciamento ambiental”, informou Jean.

Falta financiamento 

Para o superintendente da Pesca Valdeci Mendonça, a principal dificuldade na piscicultura do País se deve a questões ambientais, onde os criadores muitas vezes não conseguem financiamento junto aos bancos e junto a seus financiadores. Mas Valdeci espera um cenário otimista para o ano de 2015, com a previsão de ampliação de incentivos em sete Estados, anunciados pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho.

O superintendente de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás, (SED), Antônio Flávio Camilo Lima, ressaltou o grande potencial que o Estado tem para piscicultura, com a disponibilidade de água, clima favorável e pessoas capacitadas. Disse ainda que, o Governo de Goiás tem tratado a pauta com muita seriedade, mas a legislação acaba colocando limitações na resolução dos problemas.

O zootecnista e mestre em aquicultura continental Guthemberghe Kirk da Fonseca Ribeiro apresentou dados sobre a atividade pesqueira no Norte do Estado, especificamente no complexo de lagos de Serra da Mesa e Cana Brava. Segundo ele, Serra da Mesa é o maior reservatório em volume de água do Brasil, com mais de 54 bilhões de metros cúbicos. “Serra da Mesa fará 20 anos em 2016 e nesse período não existiu nenhuma política para cuidar da região e suas demandas, com exceção da Cota Zero.”

Também zootecnista, Paulo Roberto apresentou dados em relação à pesca no País. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) pesqueiro é de R$ 5 bilhões e a atividade movimenta 800 mil profissionais e gera 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. “A cadeia piscícola tem enorme capacidade de geração de renda, além de fornecer um alimento que adquire espaço na mesa dos brasileiros.”

O técnico explica ainda que produção de pescado possibilita maior inserção brasileira no mercado internacional. Para isso, alerta Paulo Roberto, falta a legalização e regulamentação da atividade.

Para o vice-presidente da Comissão de Aquicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Gustavo Furtado, o maior problema da atividade pesqueira é o comércio, seguido da capacidade frigorífica e impostos para exportação de produtos. “Atualmente Goiás produz 22 mil toneladas de pescado por ano. Não adianta colocarmos o goiano para consumir todo o pescado”, salienta.

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