Comissão de Saúde
A Comissão de Saúde e Promoção Social, presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), realizou na manhã desta quarta-feira, 1º, visita técnica ao Hospital Araújo Jorge - Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG) em Goiânia. Os membros da Comissão foram recebidos pelo presidente da ACCG, Alexandre Meneghini, e por membros da entidade.
Na visita, juntamente com integrantes da comitiva, o deputado pôde conhecer as novas alas de preparação de medicamentos da quimioterapia e radioterapia do hospital. Trata-se de uma nova estrutura dentro do próprio hospital, onde é feita a diluição dos medicamentos de alto custo para os pacientes com câncer.
Para o presidente da ACCG, Alexandre Meneghini, o maior problema da instituição é o desiquilibrio financeiro. "O hospital, que é referência em tratamento de câncer em Goiás, passa por dificuldades e a sociedade e o Governo precisam nos ajudar a manter seu pleno funcionamento."
A comitiva também visitou a ala de radioterapia, onde funcionam os aparelhos e, por último, o setor ambulatorial e emergencial do hospital.
Equipamentos parados
A unidade poderia estar oferecendo serviço ainda melhor aos usuários, segundo o radiologista Carlos Bezenitt. O problema, ele contou, é que dois novos aparelhos de radioterapia estão parados há cinco anos no Porto Seco de Anápolis. Esses equipamentos estão prontos para serem instalados, mas não podem ser transferidos para Goiânia por falta de sala especial.
“Para a construção dessas duas salas seria necessário o investimento de R$ 1 milhão, pois as paredes e tetos têm que ter espessura de 2,5 metros e todo um preparo para receber essas máquinas”, disse o médico.
Gustavo Sebba lembrou que a visita ao Hospital do Câncer faz parte de uma agenda cujo objetivo principal é dar aos membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa conhecimento das reais condições oferecidas pelas entidades de saúde do Estado.
“O Hospital do Câncer de Goiânia realiza um trabalho brilhante e a maioria de seus atendimentos é realizada pelo SUS. Como todas entidades filantrópicas do país passam por dificuldades pela falta de repasse do Governo Federal, Goiânia não é diferente, hoje o Araújo Jorge deve R$ 70 milhões”, frisou o parlamentar.
O deputado disse também que é preciso um investimento maior na área da saúde, mas em vez disso o repasse tem diminuído muito. "Estamos trabalhando para hospitais não fecharem as portas. O Governo do Estado tem contribuído e o papel do Legislativo é cobrar. Tivemos acesso a números e estamos coletando dados técnicos para debater com os Governos Estadual e Federal proposta e soluções."