Deputados repercutem o rompimento de Eduardo Cunha com o governo de Dilma
Deputados estaduais goianos repercutiram a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rompimento político com o governo de Dilma Rousseff (PT), como ele anunciou na sexta-feira, 17.
Dois parlamentares de siglas da base governista, Adib Elias, do PMDB, e Luis Cesar Bueno, do PT, preferem analisar a situação como decisão pessoal de Cunha, a qual definem como "grave". O presidente da Câmara dos Deputados está sob suspeita de ter recebido dinheiro do esquema de corrupção montado na Petrobras, sob investigação pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Adib Elias diz que o rompimento de Cunha com o governo de Dilma é muito grave, mas ele analisa que se o presidente da Câmara sobreviver às acusações que vem sofrendo se tornará um forte candidato a Presidência da República em 2018.
O petista Luis Cesar Bueno afirma que por acusações menores, pessoas foram investigadas e presas. Para Luis Cesar, Eduardo Cunha agiu de maneira golpista na votação da maioridade penal e "deveria se afastar da função que exerce, pois não está preparado e é tendencioso”.
Luis Cesar Bueno lembra ainda que Eduardo Cunha nunca apoiou o governo Dilma e que o candidato da base para a presidência da Câmara era o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP). "Portanto, ele não está rompendo com o Governo, pois sempre foi oposição."
Já o deputado tucano Júlio da Retifica analisa a questão pelo prisma da governabilidade. Segundo ele, o rompimento de Eduardo Cunha com o governo Dilma acaba criando uma instabilidade política no país e mostrando um desgoverno total.
"Os poderes não estão trabalhando em conjunto e isso não é bom para o Brasil. Precisamos fortalecer e ter segurança política para o crescimento da Nação”, afirma o deputado tucano.