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Votação do impeachment

15 de Abril de 2016 às 11:09
Crédito: Marcos Kennedy
Votação do impeachment
Plenário discute impeachment
Na sessão desta quinta-feira, deputados repercutiram o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo.

A sessão ordinária desta quinta-feira, 14, é a última da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal, marcada para domingo. Por esse motivo, diversos deputados estaduais fizeram uso da palavra para comentar o assunto, declarando-se tanto a favor quanto contra.

Simeyzon Silveira (PSC) disse que a bancada do seu partido votará a favor do impeachment. Para ele, diferentemente do que muitos alegam, não será praticado um golpe. “Golpe é financiar o maior esquema de corrupção ou desacatar os outros Poderes simplesmente porque estão cumprindo o seu papel. Golpe é o roubo de mais de 100 milhões de reais dos cofres públicos. Golpe é assistir mais de 40 ministérios atuando no país, enquanto especialistas dizem que apenas 12 seriam suficientes. Golpe é provocar a volta da inflação e desempregar brasileiros”, frisou.

Isaura Lemos (PCdoB), por outro lado, defendeu a presidente, dizendo que ela não está sendo julgada por corrupção e sim por decretos parlamentares, que, de acordo com ela, não foram cometidos. Para a deputada, o maior corrupto do Brasil é justamente o comandante do processo de impeachment, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), correligionário do vice-presidente Michel Temer, chamado por Isaura de traidor.

A boa relação do governador Marconi Perillo (PSDB) com a presidente Dilma também foi pauta das discussões. “Agora que o processo de impeachment chegou de fato, dizem que os deputados goianos que participam do Governo vão votar a favor. Domingo vamos ver se o Governador é um homem de palavra”, disse Adib Elias (PMDB), criticando a postura da Governadoria, que recebeu amplo investimento do Governo Federal.

Por sua vez, Gustavo Sebba (PSDB) rebateu o discurso de Adib. Segundo o tucano, é dever da presidente repassar recursos às unidades federativas, independentemente de quem esteja governando. “A Dilma não deu dinheiro ao Marconi. Ela deu dinheiro a Goiás e nosso Estado faz parte do Brasil”, frisou. O líder do PSDB na Assembleia declarou-se favorável ao impeachment.

Luis Cesar Bueno (PT), um dos maiores defensores de Dilma no parlamento goiano, afirmou que, em caso de vitória da presidente na votação de domingo, tem a certeza de que Marconi irá telefonar para ela a fim de parabenizá-la.

A votação do impeachment acontece no próximo domingo, 17. Se aprovado na Câmara, o processo será apreciado ainda pela Senado, onde deverá ser instalada uma comissão especial. Os senadores devem votar a abertura do processo na primeira quinzena de maio. Uma vez aceita a denúncia, Dilma Rousseff será afastada do cargo por 180 dias, assumindo o vice-presidente Michel Temer.

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