Promotora diz que o próprio MP contribui para desarranjo no sistema de regulação
A promotora de Justiça Karina D'Abruzzo fez, durante sua participação na audiência que debate regulação das vagas no sistema de Saúde Pública, um breve relato, referente à situação da saúde pública, sob a perspectiva do promotor do Ministério Público.
De acordo com Karina, para trabalhar neste sistema é preciso enxergar o paciente de forma global, na tentativa de auxiliar o promotor de Justiça. “Nós de certa forma, ainda que no intuito de atender ao interesse do cidadão, principalmente dos pacientes que nos procuram, também contribuímos, infelizmente, para que o sistema não funcione de forma adequada”, admitiu.
Segundo ela, quando o promotor ingressa com ações judiciais, de certa forma, eles acabam passando na frente dos casos, o que muitas vezes não seria o ideal. “Sob esta ótica, inclusive, é que nós estamos tentando trabalhar de uma forma mais técnica e aprofundada no sentido de demonstrar que a ação judicial, primeiramente, não vai criar um leito, e que a regulação é um instrumental, quando bem exercido, fundamental para a operacionalização do Sistema Único de Saúde”, disse.
A audiência é uma iniciativa do deputado Gustavo Sebba (PSDB) e está em curso na manhã desta sexta-feira, 28, no Auditório Costa Lima.