Deputados estão satisfeitos com vitórias de prefeitos de partidos da base
A representatividade municipal nos 244 municípios goianos, onde a eleição foi decidida no 1º turno, foi amplamente favorável aos partidos que formam a base de sustentação ao Governo de Goiás na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), avaliam dois deputados estaduais governistas. Em Goiânia e Anápolis a disputa será definida no próximo domingo, 29, entre Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD); Roberto Naves (PP) e Antônio Gomide (PT), respectivamente. Segundo pesquisas de intenções de votos, o atual prefeito de Anápolis, candidato a reeleição, e apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), que obteve mais votos no primeiro turno, permanece na frente com chances de vencer. Em Goiânia, Maguito lidera.
Caso essa tendência em Anápolis venha a se confirmar, os partidos da base governista vão consolidar a maior quantidade de prefeitos eleitos e reeleitos em 2020. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o DEM, legenda do governador Ronaldo Caiado, foi a que mais elegeu prefeitos em Goiás, 62 no total, ou seja, 48,06% de seus candidatos saíram vencedores.
O deputado Álvaro Guimarães (DEM) diz que o resultado favorável das urnas, com ampla vantagem aos partidos governistas, significa que a gestão de Ronaldo Caiado tem agradado a população. “Nas eleições de 2018, o governador ganhou, no primeiro turno, sem nenhum prefeito eleito. Pesquisas dizem que ele tem mais de 60% de aprovação. O Governo está acertando e isso é fruto de um trabalho sério e honesto”, argumentou.
Para o democrata um exemplo da confiança da população na administração estadual vem de Itumbiara, sua principal base eleitoral. Álvaro Guimarães diz que o candidato Dione Araújo (DEM) era o último colocado, entre cinco candidatos, e acabou vencendo o pleito, com uma diferença de 2.600 votos. “O peso do apoio do governador foi importante em todo o estado e aqui não foi diferente”, pontuou.
O deputado, que está no sétimo mandato na Assembleia Legislativa, acrescenta ser fundamental a ampliação da representatividade política municipal com vistas às eleições de 2022, porém ele espera um bom desempenho dos eleitos e reeleitos. “Esse reforço local é muito importante, mas depende muito do trabalho de cada um no seu município. Prefeitos e vereadores somam se estiverem fazendo um trabalho que o povo gosta, mas com o apoio do Caiado eles vão se sobressair."
O deputado Cairo Salim (Pros) também comemora o crescimento do grupo governista. Ele diz ter atuado em diversos municípios apoiando coligações formadas por seu partido e outros aliados como DEM, Progressistas, PMN, PTB e PSC.
O parlamentar acredita ter contribuído para a eleição e reeleição de 40 prefeitos, de 70 vereadores e comemora o resultado. “O Governo foi o grande vencedor dessas eleições. O crescimento da nossa base foi muito positivo. E vamos trabalhar para trazer vários prefeitos e vereadores, que hoje estão na oposição, para nossa base”, afirmou.
132 prefeituras
A base governista passou a contar com 132 prefeitos, o que representa 54% das cidades goianas. O resultado se confirma se forem levados em conta partidos que fizeram parte da coligação de Caiado nas eleições de 2018 e continuam na base governista, mais aqueles que aderiram oficialmente ao Governo nesses quase dois anos de administração.
O DEM fez 62 prefeituras, Progressistas 30, Podemos 14, Republicanos oito, Patriota três, PTB dois e PRTB um.
Considerando a população dos municípios que cada partido vai governar no estado, o DEM estará à frente de 17,98%. Rio Verde, a quarta maior em número de eleitores, será a principal a ser comandada pelo Democratas, além de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, quinta maior em eleitorado, que será administrada pelo deputado Diego Sorgatto. O parlamentar deixa a Alego no ano que vem para assumir a prefeitura daquele município.
Oposição encolhe
Por outro lado partidos de oposição experimentaram uma redução acentuada no número de prefeitos. O PSDB que elegeu 75 prefeitos, em 2016, só fez 20 nas eleições do dia 15 de novembro, 55 a menos.
Já o MDB contabilizou 29 eleitos, contra 43 em 2016, queda de 14 prefeitos. Mas vale lembrar que o partido deve governar o maior eleitorado proporcionalmente, uma vez que Gustavo Mendanha se reelegeu em Aparecida de Goiânia e Maguito Vilela pode vencer em Goiânia, os dois maiores colégios eleitorais de Goiás.