Especialista em direito de família, sucessões e empresas familiares, a advogada Bárbara Cruvinel foi a entrevistada do programa "Alego Mulher", da TV Alego, que vai ao ar neste sábado, 8. No bate papo, a especialista falou sobre sua carreira e questões no âmbito da justiça familiar. A entrevista foi mediada pelas jornalistas Maíra Oliveira, Daniela Melo e Honória Dietz. 

Inicialmente, a jornalista Maíra Oliveira questionou a profissional a respeito das exposições de filhos, brigas matrimoniais na internet e da busca constante por likes. Ela disse que o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que cuida da Criança e Adolescente, não só protege, mas também defende as crianças da exposição excessiva. “Nós temos casais de crianças que são perseguidas, pais que se envolvem com outros problemas, mas que as crianças acabam sendo atingidas”, disse enfatizando que o Ministério é incumbido dessa proteção. 

A jornalista Daniela Melo indagou Cruvinel sobre a conceituação do termo Holding Familiar e sua funcionalidade. “Holding familiar é um instituto negociado como qualquer outro. É feito um contrato social para criar um CNPJ de uma empresa familiar em que, normalmente, os sócios são os pais, esposas e filhos”, explicou. Ela acrescentou, porém, que existem outros tipos de Holding. 

A advogada de família respondeu sobre a eficácia do contrato de namoro e quando fazer. Segundo sugere a especialista, deveria ser usado vastamente. “Para quem tem patrimônio ou para quem tem medo de ser responsabilizado por algo em específico, deve-se sim organizar um contrato durante o relacionamento”.   

A relação de casamentos e união estável com pessoas acima de 70 anos foi assunto pautado pela jornalista Honória Dietz. A entrevistadora perguntou se a pessoa mais velha tem direito de fazer a comunhão de bens da maneira que desejar. “Nós tratamos a pessoa acima de 70 anos como vulnerável, portanto merece proteção especial da lei, mas temos que analisar o contexto da legislação. Legalmente falando com 70 anos deve-se adquirir a separação total de bens”, explicou que o critério de idade passa ser “segunda análise” ao considerar que o tempo de vida não se justifica, mas, sim, o critério de capacidade civil. “Se não é algo que te tira a lucidez e é somente paixão, isso não tem nada a ver com idade”, acrescentou a especialista. 

No término da entrevista, a advogada falou da sua inspiração com essa área advocatícia. “Sobre advogar vidas, acho que seja um dom. Família pra mim sempre foi um valor muito caro. Desde o berço. E advogar vidas é defender e proteger a família, o que não é fácil”, finalizou.

Como assistir a entrevista

A entrevista completa vai ao ar neste sábado (08/07) ao longo da programação da TV Alego, no canal 32.1 da TV aberta. Ou, então, no canal da emissora no YouTube.