Na presença de Marina Silva, técnica chama atenção para o avanço do desmatamento no bioma Cerrado
Durante a sessão solene em homenagem à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, na tarde desta quinta-feira, 17, a professora Elaine Barbosa da Silva, responsável pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento de Goiás, esclareceu aos presentes a situação ambiental observada no Cerrado. Ao discursar, a técnica chamou atenção para o avanço do desmatamento e ressaltou a importância e a necessidade de ações voltadas à preservação desse “importante bioma”.
“Estou aqui em nome da Universidade Federal de Goiás [UFG] e do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento para colocar à disposição dessa Casa e da senhora ministra tudo aquilo que temos feito em prol do nosso cerrado”, introduziu Elaine. Ela rememorou que o trabalho de monitoramento do bioma foi iniciado ainda no ano 2000 e que, de lá para cá, o que se vê é um avanço do desmatamento em solo goiano.
“Nos anos de 1990, tínhamos mais de 65% da área total preservada. No último mapeamento vemos que essas áreas não chegam a 50%. Já tínhamos poucos remanescentes e agora essas áreas seguem com uma fragmentação ainda maior”, disse.
Os estudos feitos pela equipe técnica levam a crer que o desmatamento tende a caminhar para a região Norte do Estado. “Estamos falando de uma área que era justamente a mais protegida, a região da Chapada dos Veadeiros. Nos últimos 20 anos tivemos em Goiás mais de 47 mil km² de desmatamento. Esse índice é muito alto para um Estado localizado no centro do bioma como o nosso”.
Por fim, a técnica considerou que apenas por meio do conhecimento, aliado à ciência e à tecnologia será possível promover a união de forças e atuar de maneira efetiva no combate ao desmatamento ilegal e na preservação. O presidente Bruno Peixoto (UB) é o responsável por conduzir a sessão solene, proposta pelo deputado Antônio Gomide (PT), que entrega à ministra a Comenda Jornalista Washington Novaes.