Nas discussões plenárias, Bia de Lima e Amauri Ribeiro divergem sobre educação sexual nas escolas
A deliberação da Ordem do Dia desta quarta-feira, 21, foi marcada pelo debate dos deputados Bia de Lima (PT) e Amauri Ribeiro (UB) sobre ensino sexual nas instituições de ensino. O revezamento dos dois na tribuna foi suscitado pela declaração do presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia, de que “crianças aprendem pornografia nas escolas”.
Amauri Ribeiro ecoou a fala do dirigente e, segundo o parlamentar, as escolas brasileiras estariam “ensinando como colocar preservativo”. Na opinião dele, o ambiente escolar não é indicado para discussões sobre sexualidade. “Nossos alunos estão aprendendo muita coisa errada na escola, quando deveriam estar aprendendo sobre matemática e português", disse, argumentando ainda que a educação sexual deveria ficar a cargo dos pais, da maneira que acharem oportuna e correta.
Bia de Lima ponderou que há uma diferença muito grande entre o ensino das questões sexuais, da sexualidade, com pornografia. “O que o senhor Antônio Chavaglia colocou foi que a escola ensina pornografia. Há uma diferença nisso aí. Os professores não ensinam pornografia em momento algum. E cabe a eles, sim, ensinar as questões inerentes à sexualidade humana”, assinalou.
Por sua vez, o representante do União Brasil defendeu a liberdade para expressar a sua visão sobre o tema, ao se dirigir à colega. “Vocês falam muito em democracia, mas não sabem o que é democracia. Querem ser respeitados, mas não se dão o respeito e não aceitam opiniões alheias”, respondeu.
A petista recomendou ao opositor que apure os fatos com propriedade antes de subir à tribuna para defender ou abordar qualquer assunto. “Aqui, estamos para debater com seriedade e discutir assuntos com propriedade. Atuamos para construir e legislar em favor dos goianos. Não vou permitir a distorção dos fatos”, arrematou.