Sessão desta 3ª-feira debate investimentos e infraestrutura

Os deputados goianos reuniram-se, na tarde desta terça-feira, 27, em sessão ordinária que abordou temas como investimentos e infraestrutura em Goiás, trabalho análogo à escravidão e a manifestação política ocorrida neste domingo, 25, em São Paulo.
No Pequeno Experiente, Karlos Cabral (PSB) ressaltou visita sua e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Cabral convidou Alckmin para vir a Rio Verde para análise de potencialidades locais. O deputado disse também que, na conversa, foi discutida a possível instalação de fábrica da montadora japonesa Toyota, para a produção de carros elétricos e híbridos a serem exportados para os Estados Unidos.
“É estratégico. Se a Toyota vier para Rio Verde, ela vai conseguir produzir ali o veículo, botar no trem e levar até o Porto de Itaqui, no Maranhão, barateando o custo do transporte e tornando esses veículos mais competitivos”, pontuou Cabral. “Assim, garantimos um eixo [de produção] mais sustentável, ecológico, eficiente”, acrescentou.
Também no Pequeno Expediente, Issy Quinan (MDB) ressaltou que o Executivo goiano lançou uma ação para substituir em torno de 500 pontes de madeira por estruturas de concreto em rodovias e estradas não pavimentadas nos 246 municípios goianos. O investimento, de R$ 200 milhões, é parte do Programa Goiás em Movimento.
Bia de Lima (PT) convidou os demais parlamentares para receberem, nesta quarta-feira, o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, que virá a Goiânia para discutir estratégias que diminuam os índices de trabalho análogo à escravidão em Goiás. “Em pleno século XXI, é inadmissível a continuidade desse tipo de exploração”, discursou a deputada. Goiás, segundo o MTE, lidera o ranking do trabalho escravo no País.
Ainda no Pequeno Expediente, Amauri Ribeiro (PT) afirmou que a direita “reuniu um milhão de pessoas na Avenida Paulista, para demonstrarmos que somos pessoas que defendem Deus, pátria, família e liberdade”. O Brasil, asseverou ainda o parlamentar, viveria uma ditadura. Major Araújo (PL) reforçou as palavras de Ribeiro e assinalou que o evento deste domingo, ao qual ressaltou ter comparecido, é importante para a “retomada da democracia”.
Araújo afirmou que um projeto para anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e outro para anistiar “todos os políticos perseguidos” podem vir a ser propostos por 14 assembleias legislativas. A Constituição Federal de 1988 prevê, no art. 60, que pode haver emenda ao seu texto mediante proposta “de mais da metade [14] das assembleias legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros”.
Prazo de frentes parlamentares pode ser ampliado
Foram aprovados, posteriormente, duas matérias. De Charles Bento (MDB), o projeto de lei ordinária no 7631/21, aprovado em definitivo, institui a Campanha Vida Animal, para estimular a criação e manutenção de bancos de sangue veterinários para animais domésticos. São diretrizes da campanha a promoção da doação segura de sangue animal, especialmente por meio da instalação e manutenção de bancos de sangue veterinários, e a ampla divulgação para conscientizar os tutores de animais domésticos sobre a importância do ato de doação de sangue animal.
Também recebeu a anuência dos deputados, mas em primeira análise, com 22 votos a favor e nenhum contrário, o projeto de resolução nº 4789/23, que altera a Resolução nº 1.379, de 16 de maio de 2012, que trata da criação de frentes parlamentares. De Karlos Cabral (PSB), o projeto amplia de seis meses para dois anos o prazo máximo de funcionamento de cada frente parlamentar criada. Esse prazo pode ser prorrogado por outros dois anos.
Fica determinado também que, não obstante tal previsão, “a incumbência da frente parlamentar não ultrapassará a legislatura em que foi criada”.
Ao final da sessão, os deputados fizeram um minuto de silêncio pelo falecimento do pai do ex-deputado Fred Rodrigues (DC).