Complexidades do sistema de saúde de Goiás são debatidos por parlamentares em audiência
Na manhã desta quinta-feira, 4, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) está sendo palco de debates durante a audiência pública que discute a crise de pagamentos a prestadores de serviços em hospitais públicos do Estado. A sessão, marcada por exposições dos problemas e propostas de soluções, conta com a participação de vários deputados e representantes do setor de saúde.
O deputado Talles Barreto (UB), líder do Governo, abordou a questão dos atrasos nos pagamentos, respondendo diretamente aos questionamentos levantados pelo autor da audiência, deputado Gustavo Sebba (PSDB). "Primeiramente, estou lutando para garantir que todos recebam o que é devido. Não é possível continuar com essa situação", afirmou Barreto, destacando os esforços contínuos para resolver o impasse.
O líder governista também relatou as ações recentes, incluindo uma colaboração com a Procuradoria-Geral do Estado e a organização de uma reunião para discutir as finanças com as organizações sociais (OS). "As OS são pagas mensalmente e corretamente", defendeu Barreto, acrescentando que "existe um descompasso na comunicação sobre os pagamentos efetuados".
O deputado Mauro Rubem (PT) criticou o modelo atual de gestão das OS. "Isso é um modelo falido. Um modelo caro", declarou Rubem, enfatizando os prejuízos acumulados pelos prestadores de serviços. Ele propôs a criação de uma empresa estatal para gerenciar os serviços de saúde com maior eficácia, questionando a dependência do Estado em relação às OS.
A deputada Rosângela Rezende (Agir) trouxe para a discussão a perspectiva dos municípios do interior, destacando as dificuldades enfrentadas pelas gestões locais. "Eu fui secretária municipal por 12 anos e sei quão complexa é a gestão pública da saúde", compartilhou Rezende. Ela criticou a falta de experiência e honestidade de algumas OS, que comprometem o acesso à saúde da população. "A regionalização da saúde deveria aproximar as OS dos municípios, mas muitas vezes isso não acontece efetivamente", lamentou a deputada, convidando os presentes a continuar discutindo e buscando melhorias para o sistema de saúde goiano.