Exposição de arte feita com pneus começa nesta terça-feira
O Terça Cultural desta terça-feira, 14, apresentará à comunidade uma maneira diferente de reaproveitar pneus. O Centro de Cultura e Intercâmbio (CCI) da Assembleia Legislativa traz para a Casa de Leis a exposição do artista plástico Sílvio de Oliveira. Natural de Formoso de Goiás, residente na capital há cerca de 30 anos, ele era jardineiro antes de desenvolver suas habilidades como artista plástico.
Silvio produz peças como luminárias, fruteiras, molduras, canteiro para plantas, miniaturas de animais e faz pinturas em telas redondas que são extraídas de um material que leva centenas de anos para se decompor, o pneu. Sílvio também faz artesanatos rústicos com fibras de bananeira e resina de isopor.
“Trabalhei muito na reciclagem, é uma maneira de reaproveitar aquilo que seria jogado fora na natureza. O pneu pode ser todo reaproveitado”, destaca.
As pinturas emolduradas com pneus custam a partir de 80 reais, já as demais peças têm o valor a partir de 30 reais. A mostra estará disponível no saguão de entrada da Assembleia Legislativa na terça-feira, 14, até a sexta-feira, 18, no horário das 8 às 18 horas.
O pneu e seus malefícios
O tempo de decomposição do pneu usado pode chegar a 600 anos. O descarte inadequado pode trazer consequências graves ao meio ambiente. Consensualmente, é considerada a destinação mais agressiva ao meio ambiente o descarte de pneus ao ar livre, nos campos, matas, rios, córregos, lagos e mesmo em áreas desertas.
Além do péssimo aspecto que deixam na paisagem, os pneus jogados na natureza podem causar graves ameaças à saúde humana. Nos rios, eles entopem cursos d’água, obstruindo a passagem e provocando enchentes.
Se queimados, os pneus geram emissão de gases (liberam gás carbônico e monóxido de carbono, óxido de enxofre e nitrogênio, metais pesados, dioxinas e furanos) prejudiciais ao meio ambiente e, quando inalados em excesso, podem levar a morte.
Pneu também pode se transformar em criadouros de insetos, como o mosquito transmissor da dengue, se acumular água.