Especialista dá dicas a servidores da Alego sobre educação financeira

Educação financeira foi tema da palestra promovida pela Escola no Legislativo em parceria com a Diretoria Financeira da Casa e com o Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob). O encontro ocorreu na manhã desta sexta-feira, 30, no auditório 1 do Palácio Maguito Vilela, sede do Poder Legislativo.
Aberta a todos os servidores da Casa, a palestra foi ministrada por Hérika Soares Pereira. Formada em administração de empresas com especialidade em gestão de projetos, Hérika atua na área de desenvolvimento humano do Sicoob. Ela explanou que nos últimos anos, a cooperativa tem focado a educação financeira, para além de ofertar crédito.
Relação com o dinheiro
O primeiro ponto abordado pela palestrante foi sobre a maneira como as pessoas lidam com questões financeiras. “A gente tem como verdade aquilo que é nos colocado. Muitas vezes, nossa mentalidade em relação ao dinheiro é posta desde a infância”, observou.
Ela chamou atenção para a importância de desmistificar algumas expressões e ressignificar conceitos. Assim, ela explicou que expressões como “isso não é para mim” ou “dinheiro não traz felicidade”, podem limitar o potencial financeiro das pessoas, sobretudo daquelas que não possuem conhecimento sobre educação financeira. Hérika apontou que o problema nem sempre se relaciona à falta de dinheiro, mas sim sobre a falta de certeza do que se quer. “Dinheiro mal gasto é que não traz felicidade. E nesse sentido, é preciso saber diferenciar o que é desejo e o que é necessidade”, disse.
Hérika ressaltou que é fundamental ter consciência sobre o contexto da realidade de cada pessoa e pontuou que educação financeira não se restringe a “aprender a ser próspero”. Ela aproveitou a oportunidade para reiterar que é essencial compreender os riscos e se planejar de maneira adequada.
Planejamento financeiro
A palestrante chamou atenção para um dado que, nas palavras dela, são alarmantes. “A maioria dos brasileiros não sabe em quanto suas respectivas faturas ficarão após o fechamento”, disse. Assim, ela afirmou que a maioria dos vilões são as próprias pessoas por gastarem desenfreadamente sem um planejamento adequado.
Hérika observou, ainda, que todo excesso está relacionado a uma falta e que gastos desnecessários na vida adulta, podem indicar uma falta que se teve na infância. Por isso, ela advertiu que parte essencial para definir um planejamento é entender os excessos se encontram.
Desse modo, ela concluiu que é preciso definir as despesas fixas e estabelecer um orçamento, além de traçar uma meta a ser atingida. “É preciso otimizar o que é necessário e reduzir o que não o é. Mas também é importante ter uma segurança para urgências, pois sempre aparecem uns gastos não planejados. Luxos são circunstanciais, deve-se investir no que é importante”, concluiu.
Quanto aos ricos, Hérika considerou que nenhum crédito será 100% bom ou ruim. “É sempre um pouco dos dois, coexistindo ali. É preciso ter consciência de que dívida é todo gasto a ser pago no futuro. Então, o que define se o crédito está sendo bom ou mau empregado é a mentalidade que se tem das finanças”. Assim, ela concluiu explanando que é preciso quebrar o ciclo vicioso do endividamento: Trabalhar, ganhar dinheiro, pagar conta, sem dinheiro, trabalhar... num ciclo sem fim.