Processo que prevê indenização de férias não gozadas a servidores militares do Executivo começa a tramitar na Assembleia
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) recebeu da Governadoria propositura que prevê o pagamento de férias indenizadas aos militares ocupantes de cargos de provimento em comissão integrante das estruturas básicas e complementares do Poder Executivo estadual. A matéria foi protocolada sob o nº 2132/24.
Para justificar a decisão, o govenador Ronaldo Caiado (UB) apresentou o parecer da Secretaria de Estado de Administração (Sead) que destaca a Lei estadual nº 20.756, que prevê a possibilidade de indenizar as férias vencidas e não gozadas. Entretanto, a Sead ressalta que a legislação não previu expressamente a extensão do benefício aos militares ocupantes de cargos comissionados. “Diante desse cenário, faz-se necessário a presente normatização para complementar expressamente a possibilidade de pagamento de férias indenizadas aos militares, para conceder o mesmo tratamento já dispensado aos servidores civis estaduais”, afirmou a pasta.
Por fim, a Sead declarou, ainda, que a medida tem impacto financeiro calculado pela Lei nº 22.079, de 2023, e que o montante atingido é de R$ 6.272.784,44, a partir de janeiro de 2024. Assim, a secretaria informou que a proposta não implica criação ou aumento de despesa para o Tesouro Estadual. A Procuradoria-Geral do Estado atestou a viabilidade jurídica do texto e ressaltou o posicionamento favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à conversão em pecúnia de férias não usufruídas por servidores em atividade.
A matéria foi lida em Plenário; relatada, ainda ontem, pelo deputado Coronel Adailton (Solidariedade) e, em seguida, aprovada pelo colegiado. Hoje deve ser inserida na pauta de votação da sessão ordinária.