Concurso Alego 2025

A área de Tecnologia da Informação (TI), em expansão no Legislativo estadual, terá 25 vagas para assistentes e analistas no próximo certame da Assembleia Legislativa. Remuneração inicial varia de R$ 7.067,54 a R$ 9.682,66.
O novo concurso da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), a ser realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), terá o edital divulgado em breve. Até lá, a Agência de Notícias dá sequência à série especial sobre os cargos que serão ofertados no certame. O primeiro texto abordou o cargo de policial legislativo, e agora tema são as vagas para a área de Tecnologia da Informação (TI).
Ao todo serão 25 oportunidades para a área, distribuídas entre os cargos de nível superior: analista de ciência de dados (2), analista de gerenciamento de projetos de TI (2), analista de infraestrutura (4), analista de sistemas (2) e desenvolvedor de sistemas (8); além de assistente de suporte em TI (7), esse de nível médio.
Diante da crescente demanda por inovação e segurança digital no setor público, a diretora de Gestão de Pessoas da Alego, Sulema de Oliveira Barcelos, diz que a intenção é selecionar profissionais qualificados, por meio do concurso. “A Casa oferece uma combinação de remuneração atrativa, estabilidade empregatícia e um ambiente de trabalho com projetos de grande relevância institucional. Além disso, a jornada de trabalho semanal de 30 horas é mais um dos atrativos profissional.”
O concurso busca trazer para o Legislativo goiano profissionais que contribuam tanto para a governança de TI já implementada, quanto para avanços em novas frentes de trabalho. Para o diretor adjunto de Tecnologia da Informação da Alego, Diego Mendes, alinhar servidores capacitados com as prerrogativas de uma administração pública transparente e moderna é a chave.
“Na Alego a TI não é apenas suporte, mas alicerce para a democracia digital. Nessa perspectiva, houve um aumento na necessidade de profissionais especialistas em desenvolvimento de sistemas, especialmente com a recente adoção de novas ferramentas de Inteligência Artificial”, aponta Diego Mendes.
Sobre o perfil esperado para os novos servidores, Diego afirma que a expectativa é unir expertise técnica à missão pública. Ele cita como exemplo os profissionais de Ciência de Dados, capazes de otimizar políticas públicas via tratamento dos dados, mapeamento de demandas sociais e eficiência operacional.
Em outra frente de trabalho, os profissionais de Gerenciamento de Projetos de TI também têm papel fundamental na condução estratégica das iniciativas atuais e futuras do Legislativo, ele explica. “Esses profissionais atuarão nos projetos de transformação digital dos serviços legislativos, já em andamento, para aperfeiçoá-los e expandi-los.”
As diferenças entre a atuação do profissional de TI no serviço público em relação ao setor privado também são abordadas pelo gestor. Mendes observa que, no serviço público, o trabalho gera benefícios diretos à sociedade, como transparência, eficiência legislativa e serviços ao cidadão, diferentemente do lucro como meta final no setor privado.
“A estabilidade do cargo público permite projetos de longo prazo, mas requer profissionais proativos para manter a inovação. Na Alego, como em outros órgãos, os processos são mais regulados, por exemplo, com licitações e regras de compliance, porém incentivamos agilidade via frameworks ágeis”, explica.
Ele lembra, ainda, que no serviço público as soluções de transformação digital precisam atender a milhões de cidadãos e integrar-se aos demais órgãos, exigindo arquiteturas escaláveis e robustas. “Há um grande desafio na adoção de ferramentas de inovação com IA na administração pública, que, ao contrário do setor privado, ainda não consegue entregar ferramentas com foco em nichos específicos da sociedade.”
Alta demanda
Em meio ao atual cenário de constantes mudanças e expansão no segmento, há um baixo interesse por parte dos profissionais de TI em ingressar no setor público. O diretor adjunto de TI da Alego reconhece que a migração do setor privado para o público é desafiadora, mas vê diferenciais únicos aos que escolhem a carreira.
Na visão do diretor, os trabalhos desenvolvidos, sejam novos sistemas, ferramentas de IA ou outras iniciativas, influenciam políticas públicas que afetam diretamente a vida dos goianos. “É uma missão pública. Posso dizer, por experiência própria, que o ganho em qualidade de vida é fundamental nessa decisão de entrar na carreira pública, considerando que a Alego oferece uma tabela salarial com progressões salariais bem definidas, incentivo ao estudo continuado e certificações."
O gestor afirma que, outro ponto positivo que merece destaque é a jornada de trabalho regulada, de 30 horas semanais, que garante uma previsibilidade de horários e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. "Esses e outros atrativos são grandes diferenciais para essa decisão”, argumenta Diego Mendes.
Carência de pessoal
Em quase todo o setor público os departamentos de TI permanecem carentes de efetivo próprio de pessoal. Na esfera federal, por exemplo, a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati) relatou sérias dificuldades para as contratações para a TI no último Concurso Nacional Unificado (CNU). A entidade declara que o esvaziamento da carreira é real e crítico, o que reflete na segurança e disponibilidade dos serviços públicos e, consequentemente, na maturidade digital do país.
Com uma dinâmica diferente do mercado, os departamentos de TI no serviço público enfrentam resistência para atrair os profissionais mais qualificados. Em meio a restrições orçamentárias, equipes reduzidas e as frequentes burocracias típicas do meio, a atuação do servidor público nos departamentos de tecnologia de informação tem, por outro lado, estruturas e cargos bem definidos, acesso a cursos de aperfeiçoamento e a tão almejada estabilidade como diferenciais.
Remuneração e jornada de trabalho
Se nem sempre os salários e a atratividade são condizentes com a prática do mercado, a realização pessoal em servir à sociedade, em detrimento a corporações exclusivamente comerciais, também é apontada por muitos que almejam um cargo público na área como uma motivação a mais.
Na Alego, os cargos de analista, de nível superior, têm vencimentos iniciais de R$ 9.682,66, valor que se reajusta com a gratificação adicional de aperfeiçoamento profissional, com base na titulação acadêmica. O servidor receberá aumento de 25% caso tenha o curso de pós-graduação concluído, 30%, com mestrado, e 35%, com doutorado.
Para o cargo de assistente de suporte em TI a remuneração inicial é de R$ 7.067,54, com jornada de trabalho de seis horas diárias. O servidor também pode obter a gratificação adicional de aperfeiçoamento profissional.
Para ingressar no cargo, o candidato deve possuir diploma de ensino técnico em informática ou tecnologia integrado ao ensino médio, ou diploma de ensino médio e formação técnica na área de informática ou tecnologia.